Fotossensibilização de sistemas modelos de carcinoma colorretal mediada pelo xantênico Rosa de Bengala

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ferreira, André Satoshi [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/259261
Resumo: Rosa de Bengala (RB) é um fotossensibilizador (FS) promissor para terapia fotodinâmica (TFD), mas sua aplicação ao carcinoma colorretal permanece amplamente inexplorada. Neste cenário, ensaios in vitro foram utilizados para demonstrar que a incorporação do RB apresenta considerável fototoxicidade contra células Caco-2, com redução de mais de 80% na viabilidade celular por 24 horas de incubação com 5 x 10-6 mol/L de RB seguida de irradiação. Em contraste, o RB apresentou toxicidade mínima quando não irradiado. Os mecanismos de ação do RB foram elucidados utilizando microscopia confocal de fluorescência, monocamadas de Langmuir como modelos de membrana celular e citometria de fluxo para determinar as vias de morte celular. A citometria de fluxo revelou que o principal processo de morte celular foi a apoptose tardia. A incorporação de RB afetou a morfologia da membrana plasmática de Caco-2 sob irradiação, e as interações de membrana foram confirmadas usando monocamadas de Langmuir de extratos celulares de Caco-2. A incorporação do RB nas monocamadas deslocou as isotermas π-A para áreas moleculares maiores, especialmente em baixas pressões superficiais e com o aumento da concentração de RB (1, 10 e 25 × 10-6 mol/L). A adsorção de RB também causou uma diminuição no módulo de compressibilidade (Cs-1) das monocamadas Caco-2, levando a elevação na flexibilidade da monocamada à medida que a concentração de RB aumentava. De acordo com a espectroscopia de absorção de reflexão infravermelha modulada por polarização (PM-IRRAS), o RB aniônico interagiu eletrostaticamente com grupos fosfolipídicos carregados positivamente. Além disso, as mudanças na área superficial observadas nas monocamadas após incorporação e irradiação de RB foram atribuídas a reações de hidroperoxidação desencadeadas pela geração de oxigênio singleto (1O2). Esses achados indicam que o RB pode ser utilizado como FS na terapia fotodinâmica do câncer colorretal, fornecendo informações detalhadas sobre seu mecanismo de ação e fototoxicidade.