Participar por quê?: um debate sobre a participação de estudantes beneficiários(as) da política de assistência estudantil da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pereira, Carol Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/213949
Resumo: Esta dissertação propõe uma reflexão sobre a participação de estudantes na política de assistência estudantil da Educação Superior na atualidade, a partir do estudo com estudantes beneficiários da política de assistência estudantil da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS. No contexto atual, no modo de produção capitalista, medidas governamentais em consonância com o neoliberalismo, que afetam as universidades, somados à histórica supressão da participação no Brasil, tornam imprescindíveis a ampliação e o resgate do tema da participação, enquanto processo de luta na busca de direitos. Diante desse cenário, o objetivo central é a identificação dos limites e possibilidades que se apresentam para a participação dos estudantes na assistência estudantil na busca da ampliação de direitos e permanência nos cursos de graduação. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa e com aproximação do método dialético-crítico. A pesquisa de campo aconteceu em duas etapas, primeiro por meio de questionário estruturado com noventa estudantes beneficiários dos auxílios de assistência estudantil da universidade. E, a segunda etapa, com entrevistas individuais online com cinco estudantes. A discussão partiu de três pressupostos principais: a compreensão de que os sujeitos constroem a história a partir da realidade e possibilitam, portanto, uma nova forma de sociabilidade; o segundo pressuposto confere à participação uma dimensão educativa; e o terceiro considera a educação de forma ampliada, de forma a compreender a educação enquanto todo tipo de aprendizagem. A partir dos desdobramentos da pesquisa, foi possível constatar que a participação sociopolítica dos estudantes na assistência estudantil na UFMS é limitada, mas devido à sua dimensão educativa a participação possui potencial transformador. A defesa decorrente deste estudo considera que a política de assistência estudantil é espaço propício para o exercício participativo e necessita de espaço institucional para tanto, por se tratar de direito relacionado diretamente aos estudantes e de interesse destes. Neste sentido, a universidade enquanto espaço formador precisar valorizar a participação dos estudantes como conhecimento adquirido para o desenvolvimento profissional e humano.