Metronidazol na Angiogênese Corneal em Ratos (Rattus norvegicus, Variação albinus, Wistar)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Claros Chacaltana, Flor Diana Yokoay
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Rat
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152311
Resumo: Visou-se avaliar os efeitos do metronidazol sobre a neovascularização corneal. A pesquisa foi dividida em dois artigos. No primeiro, compararam-se modelos de angiogênese corneal induzida por cauterização alcalina. Vinte e quatro ratos Wistar foram distribuídos em quatro grupos, que diferiram apenas quanto aos procedimentos para cauterização alcalina. Um fragmento circular de papel filtro de 3mm, embebido em solução aquosa de nitratos de prata e de potássio (3:1, vol/vol), foi pressionado sobre a região axial da córnea (olho direito). Os tempos de contato do papel com a córnea foram de 10 segundos para os grupos 1 e 4 (G1 e G4) e de 20 segundos para os grupos 2 e 3 (G2 e G3). Após cauterização, as córneas foram lavadas, por 1 min. Em G1 e em G2 os papéis filtro foram removidos imediatamente antes da lavagem. Em G3 e em G4, as córneas foram lavadas com os papeis filtro in loco. Parâmetros de neovascularização corneal foram estudados em diferentes momentos pós-cauterização. Diferenças foram significativas quando p < 0,05. As córneas em G1 apresentaram menos áreas vascularizadas (12,63 ± 12,59%), em comparação às córneas em G3 (41,95 ± 17,32%) e ém G4 (33 ± 11,74%) (p < 0,05). Os protocolos adotados para G2, G3 e G4 mostraram excelente reprodutibilidade, com 100% de córneas vascularizadas. No segundo, objetivou-se monitorar efeitos de instilações de soluções oftálmicas de metronidazol, 0,1% e 0,5%, sobre a neovascularização corneal, induziram-se lesões por cauterização alcalina em córneas (olho direito) de 40 ratos Wistar como descrito para G3. Após cauterização, os ratos foram distribuídos em quatro grupos (Met_0.1%, Met_0.5%, Sham, e não tratado). Os grupos Met_0.1% e Met_0.5% receberam, por instilação, soluções de metronidazol ao 0,1% ou de 0,5%, respectivamente, à intervalos de 6 horas, por 30 dias. O grupo Sham recebeu tampão fosfato salino (diluente de metronidazol). O grupo não tratado não recebeu qualquer instilação. Córneas em todos os grupos foram avaliadas em diferentes momentos pós-cauterização, quanto às intensidades das queimaduras, aos índices de neovascularização e aos percentuais de áreas vascularizadas. Nos dias 15 e 30, cinco ratos de cada grupo foram submetidos à eutanásia, para colheita de córneas que foram avaliadas à histopatologia. Diferenças foram significativas quando p < 0,05. Os índices de neovascularização corneal calculados para os grupos Met_0.1% e Met_0.5% foram menores que os obtidos para os grupos Sham e não tratado (p < 0.05). Córneas tratadas com 0,1% ou 0,5% de metronidazol apresentaram menos áreas vascularizadas. Há como admitir que a instilação de soluções de metronidazol, 0,1% ou 0,5%, inibiu o crescimento de vasos e a progressão de neovascularização corneal, em ratos albinos de laboratório.