Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Lima, Fernando Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/237511
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Resumo: |
A perda e a fragmentação de habitat têm sido descritas mundialmente como as principais ameaças à biodiversidade. Além da redução extrema na densidade e abundância das populações de animais silvestres, esses fenômenos têm implicações nas interações entre as espécies, levando a consequências imprevisíveis. Isso é particularmente sensível quando se trata de interações predador-presa, onde as respostas do predador - ou a ausência dela - às mudanças na paisagem e no habitat podem ter influência direta nas redes alimentares. A importância ecológica dos grandes mamíferos carnívoros (Carnivora) é facilmente reconhecida, pois mesmo poucos indivíduos deste grupo podem exercer um forte controle top down sobre as populações de presas e predadores menores. No entanto, não apenas os grandes predadores, mas as populações de grandes mamíferos em geral estão em declínio em todo o mundo. Esse processo de defaunação tende a favorecer espécies de mamíferos de menor massa corporal, alta taxa reprodutiva, onívoros e generalistas, às vezes descrito como “miniaturização da fauna”. Outro fenômeno relacionado à defaunação é a hipótese da liberação do mesopredador. Usado para descrever as irrupções de predadores menores após a extirpação dos maiores. Na Mata Atlântica, um dos hotspots mundiais de biodiversidade, o predador de ápice (onça-pintada) está regionalmente extinto na maior parte do bioma. Além disso, mais de 50% deste bioma está distribuído em um mosaico de manchas florestais menores que 500 ha. A Mata Atlântica combina as principais variáveis associadas a surtos de liberação de mesopredadores. Nesta tese, reuni as principais características da hipótese de liberação do mesopredador adaptada a um contexto regional: a comunidade de mamíferos carnívoros da Mata Atlântica. Inicialmente, proponho um modelo conceitual baseado em hipóteses gerais e resultados esperados apoiados em pesquisa bibliográfica e conhecimento empírico como referência para orientar futuras análises em larga escala sobre esse fenômeno. Seguindo esta discussão, apresento o conjunto de dados Atlantic-Camtraps, destinado a apoiar os dados necessários para explorar o fenômeno de liberação de mesopredadores na Mata Atlântica. Por fim, trago um estudo de caso sobre o maior predador da Mata Atlântica em um de seus últimos redutos no bioma. Neste capítulo, eu e meus colegas apresentamos os resultados de cinco anos de monitoramento por telemetria e discutimos a ausência de padrões típicos, como sazonalidade e diferenças no tamanho da área de vida entre machos e fêmeas. |