Eficácia do Hoofcare® no tratamento da dermatite digital em vacas leiteiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mendonça, Ana Paula Abreu [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214208
Resumo: A dermatite digital (DD) é uma das principais afecções podais que gera prejuízos à pecuária nacional, especialmente para bovinocultura de leite. Apesar do tratamento frequentemente cursar com antibioticoterapia, com a limitação da legislação das terapias permitidas e a necessidade de respeitar o período de carência do leite, a busca de alternativas terapêuticas é crescente e necessária. Atualmente, o produto comercial Hoofcare® tem demostrado bons resultados em diversas propriedades brasileiras para o tratamento da enfermidade. No entanto, são apenas observações empíricas. Portanto, o objetivo desse estudo foi determinar a eficácia do tratamento tópico com o produto contendo ácido cítrico, óleo essencial de melaleuca, citrato de cobre e cloreto de zinco (Hoofcare®) para DD, e assim, validar esse tratamento como extensão das recomendações do fabricante do produto. Utilizou-se 36 vacas Holandesas de alta produção leiteira apresentando DD em pelo menos um dos membros. As vacas foram divididas de forma aleatória em dois grupos, sendo o grupo de tratamento alternado (GTA) composto por 21 membros tratados por três dias alternados a cada 48 horas, e o grupo de tratamento contínuo (GTC) composto por 21 membros tratados a cada 24 horas durante cinco dias. A hipótese era que haveria diferença significativa entre os protocolos no tratamento da DD, com melhor resposta para o GTC. A caracterização da recuperação clínica foi constatada pelo exame de claudicação no D0 (momento de identificação da lesão e prévio ao tratamento), D4 (quarto dia de tratamento) e D10 (cinco dias após o término do tratamento). Além disso, as lesões foram submetidas a análise qualitativa, quantitativa e termográfica nos dias D0, D4 e D10, a fim de avaliar o processo de cicatrização e cura da lesão. Os dados foram analisados e comparados entre os diferentes momentos e grupos. Em ambos os protocolos terapêuticos, houve melhora da claudicação (P < 0,01), redução da área da lesão em cm² (P < 0,05) e involução do estágio ativo para inativo da lesão (P < 0,01), não havendo diferença significativa entre os tratamentos (P > 0,05). Assim, os protocolos alternado e contínuo, foram eficazes para tratar a enfermidade. No entanto, como este é o primeiro estudo que avalia este produto comercial, não houve adoção de medidas preventivas, e o tempo de acompanhamento foi curto, investigações futuras com maior tempo de acompanhamento para determinar o processo da cura completa da lesão são necessárias.