Cristalografia, morfologia e rugosidade superficial da zircônia após desgaste e tratamento térmico e efeito destes tratamentos na resistência de união do conjunto zircônia/porcelana de cobertura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Candido, Lucas Miguel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191775
Resumo: O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito de tratamentos térmicos (TT) após desgaste sobre o conteúdo cristalino, rugosidade média e morfologia de superfície da zircônia LAVATM (Y-TZP), e, após aplicação de uma porcelana de cobertura, avaliar a adesão do conjunto Y-TZP/porcelana e o padrão da superfície de fratura. Barras de zircônia (N=90) foram distribuídas em grupos combinando-se a realização (20 ˣ 4 ˣ 1,5mm) ou não (20 ˣ 4 ˣ 1,2mm) de desgaste (D) e TT, de forma a compor seis grupos: C (controle), C900 (controle + TT à 900°C/60min), C1000 (controle + TT à 1000°C/30min), D (desgastado), D900 (desgaste + TT de 900°C/60min) e D1000 (desgaste + TT de 1000°C/30min). Os desgastes (0,3 mm) foram realizados em um dispositivo padronizador com pedra diamantada em baixa rotação sem irrigação. Os TT foram realizados em forno convencional para cerâmica. Após ambos os tratamentos, as amostras foram avaliadas em difratômetro de raios X (DRX; n=2), microscópio eletrônico de varredura (MEV; n=2), perfilômetro óptico (n=2) e rugosímetro (Ra; n=10). Após as analises as amostras (n=13) receberam a aplicação de porcelana de cobertura IPS e.max Ceram, seguindo as orientações do fabricante. Foi aplicada porcelana com 1,2 mm de espessura, seguindo a proporção de 1:1 entre as espessuras da zircônia e da porcelana. Um entalhe de 0,7 mm de comprimento foi produzido com disco diamantado na superfície da porcelana e as mesmas foram ensaiadas em flexão em 4 pontos (5 kN, 0,1 mm/min) e a partir dos resultados obtidos foram calculados os valores da taxa de liberação de energia elástica armazenada (G) por meio da equação de Charalambides. Os dados de DRX foram refinados por Rietveld, os de MEV e perfilometria explorados descritivamente e os valores de Ra e G submetidos à Anova dois fatores e Tukey (α=0,05). As quantidades de fase monoclínica (%) e os valores de Ra (µm) da superfície da zircônia foram: C =1,2 / 0,17, C900 =0,0 / 0,18, C1000 =0,0 / 0,18, D =2,6 / 1,16, D900 =0,0 / 1,07 e D1000 =0,0 / 1,01. Para as médias de G (J/m2) obteve-se: C =6,8, C900 =6,6, C1000 =7,6, D =8,3, D900 =8,0 e D1000 =5,7. Tanto a Ra quanto G não apresentaram diferenças estatísticas (p>0,05). Em relação às imagens de perfilometria e MEV antes da aplicação da porcelana, pode-se observar deformação plástica e um aumento de irregularidades nos grupos desgastados e pequeno alisamento da superfície após os tratamentos térmicos, principalmente após o de 1000°C/30 min. Para os MEVs pós-fratura pode-se observar aderência da porcelana na superfície da zircônia, semelhante em todos os grupos. Pode-se concluir que o TT pós-desgaste recuperou a fase tetragonal da zircônia sem alterar a taxa de liberação de energia na fratura da interface entre a porcelana de cobertura e a zircônia.