Farmacocinética do efavirenz em coelhos: estudo comparativo do insumo farmacêutico ativo e dispersão sólida polimérica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Jonata Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153487
Resumo: O efavirenz (EFZ), fármaco de primeira escolha utilizado no tratamento da imunodeficiência adquirida, é um fármaco de Classe II segundo o Sistema de Classificação Biofarmacêutica. A baixa solubilidade desta classe de fármacos tem significativo impacto na sua absorção enteral, resultando principalmente em biodisponibilidade errática, característica que pode contribuir para a variabilidade de resposta ao tratamento. Frente a esse problema, o Laboratório de Tecnologia de Medicamentos (LTM) da Universidade Federal de Pernambuco complexou o EFZ em dispersão sólida (DS) com o objetivo de aumentar sua solubilidade e melhorar suas características de absorção. Para avaliar os resultados dessa inovação, o estudo da disposição cinética na administração por diferentes vias e diferentes modelos animais é indicado. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo avaliar e comparar a farmacocinética pré-clínica do EFZ em coelhos albinos (machos; 2,8 kg; n=21) após administração intravenosa (2,7 mg/kg) e oral do insumo farmacêutico ativo (50 mg) e do EFZ carreado pela DS (50 mg – 10% EFZ). A quantificação de EFZ no plasma dos animais foi realizada através de método cromatográfico previamente validado e os parâmetros farmacocinéticos foram obtidos utilizando cálculos farmacocinéticos para modelo monocompartimental. O grupo EFZ-IV mostrou-se diferente estatisticamente em todos os parâmetros farmacocinéticos em relação às duas administrações orais; e esses resultados são esperados pois na administração intravenosa não há processo de absorção. Para os grupos ORAL-IFA e ORAL-DS não foram observadas diferenças estatísticas significativas entre os parâmetros farmacocinéticos, porém, foi observada menor variabilidade intra-grupo nesses parâmetros para o grupo que recebeu a dispersão sólida. Os resultados obtidos para ORAL-IFA e ORAL-DS de Cl 29,76 ± 73,33% e 21,75 ± 27,55% mL/min/kg; Vdárea 20,5 ± 83,93% e 11,6 ± 70,18% L/kg; t1/2 10 ± 94,85% e 6 ± 57,99 h; Cmax 1,46 ± 62,69% e 1,66 ± 48,20% µg/mL, respectivamente, mostram que o EFZ carreado pela DS contribui de forma positiva para diminuição da alta variabilidade das suas concentrações plasmáticas, fundamentando estudos futuros em outros modelos animais e posteriormente estudos clínicos, com o objetivo de implementa-lo na terapêutica.