A criança em situação de berçário e a formação do professor para a educação infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Schultz, Lenita Maria Junqueira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/101533
Resumo: Os objetivos da presente tese são os de detectar as necessidades psicoeducacionais dos bebês de 3 a 18 meses e a situação de atendimento a essas necessidades nos berçários ligados ao Sistema Nacional de Ensino e mostrar que o professor atuante em instituições que atendem crianças nesta faixa etária precisa de formação profissional obtida no Ensino Superior. O objeto de estudo foi uma Creche filantrópica que acolhe 70 bebês de zero a 3 anos completos, em horário integral. Destes 17, em berçário, constituíram o alvo da investigação, com cerca de 12 horas semanais, totalizando 255 horas de observação. O escopo teórico das análises foram os princípios da psicanálise, mormente de perspectiva winnicottiana, no que diz respeito à díade mãe-bebê, numa tentativa de sistematização pedagógica que apóie e fortaleça os vínculos professor-bebê nos berçários. A pesquisa descreve situações observadas no berçário, evidenciando as necessidades dos bebês com as quais professores graduados poderiam lidar, evitando significativamente o sofrimento das crianças. A metodologia adotada consistiu na pesquisa qualitativa, modalidade “estudo de caso” (BOGDAN E BIKLEN, 1994). O trabalho revela que os bebês de menos idade permanecem mais abandonados. Especifica sua vulnerabilidade psicossomática e os efeitos permanentes de erros cometidos por pessoas despreparadas. Denuncia o descaso das autoridades pela Educação Infantil, evidenciado pelo afrouxamento da legislação e pelo financiamento insuficiente destinado à área. Mostra que a Educação Infantil incluída no Sistema de Ensino proposto desde a nova LDB/96 é destinado a todos, mas utilizado prioritária e tradicionalmente pelas classes populares e deve valorizar a cultura de origem da criança, permitindo-lhe, progressivamente, compreender a dominação que sofre e questioná-la, instrumentalizando-se...