Ideologia e política em José Enrique Rodó: liberalismo e jacobinismo no Uruguai (1895-1917)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Souza, Marcos Alves de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/103119
Resumo: Em 1900, a obra Ariel de José Enrique Rodó chamou a atenção da América Latina e do mundo, que tomaram contato com o seu pensamento e passaram a discutí-lo ao longo de todo o século XX, uma vez que a difusão do seu pensamento, também chamado de arielismo, atingiu proporções não imaginadas por Rodó. Contudo, tais discussões não levaram em conta, na maioria das vezes, a especificidade uruguaia de então, que verificava o advento de uma elite ilustrada interessada em aplicar a razão para modernizar e reformar o Estado e a sociedade, só que de cima para baixo. Esse movimento político era conhecido como batllismo. Estudando o conjunto da obra de José Enrique Rodó, verifica-se o alcance de seu apoio inicial àquela elite política e intelectual que assumiu o poder em 1903 no Uruguai - a elite batllista - bem como se analisam as razões e a profundidade de sua crítica posterior ao jacobismo desta elite. A fonte principal deste trabalho é uma coletânea espanhola das obras de José Enrique Rodó, compilada e comentada por Emir Rodriguez Monegal em 1957, e que abrange todos seus ensaios, suas correspondências, seus artigos jornalísticos e demais escritos. Enfim, um estudo crítico da ideologia e da política em José Enrique Rodó, em contraposição aos acontecimentos e pensamentos da época em que vivia e do lugar que atuou, contribui para um melhor entendimento do processo de formação de seu pensamento, em consonância com a metodologia contextualista desenvolvida por Quentin Skinner e John Pocock.