Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Santos, Ana Beatriz Belini dos [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/310941
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Resumo: |
A COVID-19 é causada pelo vírus de RNA SARS-CoV-2, notificado primeiramente em uma região da China no segundo semestre de 2019. Esse vírus tem como um de seus receptores celulares a Enzima Conversora de Angiotensina II (ECA II), que é expressa em órgãos como coração e endotélio vascular. Uma parcela da população não se recupera totalmente da doença, manifesta sintomas por meses depois do aparecimento dos primeiros indicativos da infecção, expressando assim a COVID longa. Devido a COVID-19 causar uma cascata de inflamação e reações, e seu receptor celular estar presente no endotélio vascular, os pacientes têm potencial de apresentar distúrbios de coagulação que predispõem a trombose venosa profunda (TVP). Polimorfismos do gene da Protrombina (G20210A), do Fator V de Leiden (G1691A) e da Cistationina beta-sintase (844ins68) são fatores complementares ao risco do desenvolvimento de TVP. Este último polimorfismo está associado à síntese de Sulfeto de Hidrogênio (H2S), fator importante no desenvolvimento da doença causada pelo SARS-CoV-2, pois o H2S apresenta efeito inibitório contra vírus de RNA. O objetivo do estudo foi investigar a relação entre polimorfismos que predispõem à trombose e o aumento de gravidade em COVID-19 realizando um estudo caso/controle pareado por idade e sexo. O grupo caso foi composto por 70 pacientes que estiveram em contato com o vírus SARS-CoV-2 e o grupo controle por 70 indivíduos que não tiveram contato com o vírus, pois os dados foram coletados antes da pandemia. O DNA genômico foi extraído de leucócitos de sangue periférico por precipitação salina. Os polimorfismos genéticos foram avaliados por PCR. Os participantes responderam a um questionário após a coleta das amostras, cujos dados foram usados para testar correlações entre as variáveis. Nas análises estatísticas foram realizados teste de normalidade, homocedasticidade, Kruskal Wallis, Qui-quadrado e correlação de Spearman, além da aderência ao Equilíbrio de Hardy-Weinberg e diferenças alélicas e genotípicas pelo teste exato de Fisher no software Genepop. Os resultados obtidos foram a frequência dos polimorfismo de cada gene, no qual o genótipo mais frequente, para os três genes, foi o homozigoto selvagem (N/N), seguido pelo heterozigoto (N/M). Com relação aos alelos do gene CBS, no grupo caso foi observado maior frequência do alelo mutado (M) sendo 19 alelos M e 140 alelos N do que no grupo controle. No teste de correlação de Spearman houve diferença significativa entre os polimorfismo do Fator V de Leiden e a gravidade da COVID-19 (rS = -0,210; p = 0,027) (p<0,05). Concluímos que há correlação entre o polimorfismo do gene Fator V de Leiden e a gravidade da COVID-19, existe correlação entre as variáveis sexo biológico, gravidade, etnia e uso de medicação (p<0,05). Há associação entre o polimorfismo da CBS e a COVID-19 (p<0,05), visto que o Teste Exato de Fisher apresentou p<0,05 e a frequência do alelo mutado foi maior no grupo caso do que no controle. |