O desenvolvimento da China nas reformas de abertura (1978-2008): perspectivas gerais e regionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Souza, Daniel Elias de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/259526
Resumo: Em 1978, Deng Xiaoping assumiu o poder e iniciou as reformas de abertura na China, que perduraram até 2008. Durante esse período, o país experimentou um desenvolvimento econômico significativo, especialmente nos setores agrícola, urbano e industrial. As reformas, caracterizadas pelo afrouxamento do controle de preços e pela abertura para o investimento estrangeiro, transformaram profundamente a economia chinesa. Nesse contexto, a realidade econômica das províncias chinesas mudou de forma drástica. Guangdong, antes marginalizada, tornou-se o principal polo industrial do país, enquanto Liaoning, outrora um centro industrial de destaque, viu sua importância diminuir. Neste estudo, busca-se analisar os fatores que determinaram o sucesso de Guangdong e o declínio relativo de Liaoning no contexto das reformas de abertura na China. Especificamente, serão investigadas as seguintes questões: A) As distorções regionais industriais internas foram provocadas pelo processo de desenvolvimento dentro da abertura econômica? B) As políticas socioeconômicas da China foram realizadas sob uma ótica mutável durante esse período? C) Como a China diferenciou-se de outras nações asiáticas em sua abertura ao capital estrangeiro devido a fatores únicos? A partir da análise de dados de organizações internacionais, do governo chinês e de pesquisas acadêmicas, conclui-se que o processo de desenvolvimento chinês foi marcado por constantes ajustes e mudanças, influenciados por diferentes facções políticas dentro do Partido Comunista. As distorções regionais foram intensificadas pela abertura econômica, que privilegiou um modelo de industrialização baseado na competitividade e na lucratividade. Como consequência, houve danos sociais nesse processo. Ao mesmo tempo, a China apresentou características únicas que permitiram um desempenho econômico superior em relação a outros países da região.