Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Rahal, Natália Machado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/166408
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Resumo: |
A infecção patogênica por Eimeria spp., denominada eimeriose ou coccidiose, tem sido indicada como responsável por mortes, queda no desenvolvimento e baixa produtividade em criações animais, ocorrendo principalmente em indivíduos jovens devido à imaturidade do sistema imunológico. Quando são submetidos a um sistema intensivo de produção, como em situação de confinamento, cordeiros podem se tornar ainda mais susceptíveis às infecções por espécies de Eimeria, devido à alta concentração de indivíduos, que potencializa a dispersão do parasito, e ao estresse associado à criação. No estado de São Paulo, já foram identificadas dez espécies de Eimeria em estudos prévios e, dentre elas, E. ovinoidalis foi considerada a mais patogênica para ovinos. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi descrever as espécies do gênero Eimeria Schneider, 1875 que ocorreram em um confinamento de cordeiros, bem como as dinâmicas da eliminação de oocistos no ambiente e correlação com o ganho de peso médio diário (GMD) durante nove semanas. Cento e quatro cordeiros de diversas raças e cruzas, com aproximadamente 60 dias de vida, foram confinados e submetidos a pesagens, avaliações clínicas e coprológicas periódicas. Amostras de fezes que continham mais de 500 oocistos de Eimeria por gramas de fezes (OoPG) foram separadas para esporulação, posteriormente determinando-se as espécies às quais os oocistos pertenciam. Dentre os 677 oocistos avaliados, as seguintes espécies foram identificadas: E. parva Kotlan, Moscy & Vajda, 1929, E. crandallis Honess, 1942, E. ovinoidalis McDougald, 1979, E. weybridgensis Norton, Joyner & Catchpole 1974, E. bakuensis Musaev, 1970 (sinônimo E. ovina Levine & Ivens, 1970), E. marsica Restani, 1971, E. ahsata Honess, 1942, E. granulosa Christensen, 1938, E. pallida Christensen, 1938 e E. faurei Moussu & Marotel, 1902. Eimeria crandallis foi a espécie mais frequente, sendo identificada em 44 das 58 amostras avaliadas, enquanto Eimeria parva, na maioria das semanas, foi a mais abundante nas contagens individuais. Nenhum dos animais apresentou quadro de eimeriose clínica e houve correlação negativa, porém não significativa, entre o GMD e o OoPG para todos os cordeiros (- 0,075), bem como para os dados referentes a animais das cruzas Dorper e Ile de France (– 0,143 e – 0,077, respectivamente). Conclui-se que, para este estudo, a constante exposição a oocistos esporulados, inclusive de espécies patogênicas, e o estresse, gerado pelo manejo diário e sistema de criação, não foram suficientes para causar quadros de eimeriose. |