O método de simular o déficit hídrico altera a classificação de genótipos de eucalipto quanto à tolerância à seca?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pereira, Alexsandra Maciel [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/257789
http://lattes.cnpq.br/0425116606179431
https://orcid.org/0000-0003-3317-3365
Resumo: O estresse causado por deficiência hídrica é um fator relevante para espécies vegetais de interesse econômico. A planta quando inserida em uma situação adversa, não possui a capacidade de se locomover para outro ambiente, porém a mesma irá produzir uma resposta ao estresse. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo avaliar as respostas de genótipos de eucalipto cultivados em vasos sob diferentes condições hídricas e verificar se essas respostas são relacionadas quando são adotados métodos distintos para simular o déficit hídrico. Para tanto, foram conduzidos dois experimentos. No primeiro foram avaliados caracteres de crescimento, bioquímicos e fisiológicos em plantas de eucalipto cultivadas em três níveis de umidade do solo: 70% (sem estresse), 50% (estresse moderado) e 30% (estresse severo). O delineamento experimental foi em blocos casualizados (DBC), em esquema fatorial 5 x 3 (5 genótipos x 3 níveis de umidade do solo) com 6 repetições. O experimento foi conduzido em vasos preenchidos com 7 kg de solo, em casa de vegetação. Para manutenção dos níveis de umidade do solo foi utilizado o método gravimétrico. O segundo experimento avaliou periodicamente alterações em características fisiológicas e bioquímicas de mudas de eucalipto após a suspensão da irrigação até a morte das plantas. O experimento foi conduzido em DBC, com 25 repetições de cada um dos genótipos usados no primeiro experimento. As mudas foram cultivadas em vasos preenchidos com 25 litros de solo e, após o plantio, posterior suspensão da irrigação. Os dados foram submetidos à análise de variância, teste de comparação de média e regressão probit. No experimento 1, observou-se redução no crescimento e acúmulo de massa seca em todos os genótipos com a redução da disponibilidade hídrica. As alterações nos caracteres fisiológicos (conteúdo relativo de água, potencial hídrico, índice de conteúdo de clorofila, eficiência quântica do fotossistema II, estabilidade de membranas) e bioquímicos (teores de açúcares redutores e solúveis totais em folhas e raízes) não apresentaram tendência definida, nem entre os genótipos e nem entre os regimes hídricos. Nesse experimento, de uma forma geral, os genótipos 1 e 5 apresentaram melhor desempenho sob baixa disponibilidade hídrica, os genótipos 2 e 3 apresentaram desempenho inferior e o genótipo 4, comportamento intermediário. No experimento 2, houve alterações fisiológicas e bioquímicas nos genótipos à medida em que a deficiência hídrica progrediu. Quanto ao tempo em que as mudas sobreviveram, o genótipo 3 mostrouse mais sensível que o genótipo 5, mas não houve diferenças marcantes entre os demais genótipos. Diante do exposto, os dois métodos de simular a deficiência hídrica mostraram-se relativamente consistentes em identificar o genótipo 5 como tolerante à baixa disponibilidade hídrica e o genótipo 3 como sensível.