Elaboração e aplicação de Unidade Didática Multiestratégica na disciplina de Química no ensino médio em uma escola estadual: possibilidades e dificuldades.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Marchetti, Camila Nogueira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
UDM
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204264
Resumo: A Educação Básica enfrenta inúmeros desafios e o aumento de pesquisas na área de ensino vem contribuindo para saná-los. Hoje é possível encontrar diversas possibilidades de estratégias e atividades. Ao professor cabe, dentro dos objetivos a serem trabalhados, definir as ações. O planejamento é um forte aliado, quando este leva em considerações o contexto, orientações oficiais, estratégias que favoreçam uma maior participação dos alunos, dentre outros fatores. A Unidade Didática Multiestratégica (UDM) é um modelo teórico metodológico para o planejamento que inclui uma descrição do contexto, análise científico-epistemológico, abordagem metodológica, sequências didáticas, objetivos, estratégias didáticas e instrumentos de avaliação. Diante deste, o presente trabalho caracteriza-se por uma Pesquisa-Ação, norteada pela questão de pesquisa: “Quais as potencialidades e dificuldades existentes na elaboração e aplicação de uma UDM, no conteúdo de estequiometria na disciplina de Química na rede pública estadual?”. Definido seu objetivo geral por: Elaborar uma UDM aplicada ao 1º ano do Ensino Médio em uma Escola Estadual do município de Araraquara, tendo como tema a Estequiometria. Dentro deste, os objetivos específicos são: traçar um perfil da turma e as preferências dos alunos, elaborar a UDM, analisar do desenvolvimento dos alunos, elencar possibilidades e dificuldades – na visão do professor e do aluno – sobre as estratégias utilizadas, por fim, reestruturar a UDM. A coleta de informações utilizou bases de dados, questionários e fichas. A análise foi realizada por métodos de escala Likert e análise de conteúdo. A caracterização do contexto escolar indicou que 22% dos alunos não leem e 64% leem pouco; 22% indicaram Educação Física como a disciplina com maior afinidade e matemática como a disciplina de maior dificuldade. Apenas 7% dos alunos não têm intenção de cursar uma faculdade, ou curso técnico. Sobre as preferências: a maioria gosta de filmes de ação, canais de YouTube (www.youtube.com/) com comédia. Games, esportes e comida são os temas que mais agradam. Com base nos levantamentos realizados, foram adotadas como estratégias para as atividades: Estudo de caso, Experimentação e Jogos/gamificação. Da aplicação da UDM, observou-se que uso da estratégia: “Estudo de Caso”, mostrou-se positiva, houve uma boa interação entre os alunos e recepção ao tema; também foram apontadas dificuldades de abstração – sendo este item apontado para replanejamento. O uso da “Experimentação”, apesar de gerar ansiedade nos alunos, mostrou-se promissora em motivar o processo de observação e reflexão sobre as reações químicas. O uso de jogos/gamificação teve como proposta a elaboração de um jogo didático digital, onde os alunos foram apresentados a uma plataforma digital de criação e estimulados a utilizá-la. A sequência de atividades se mostrou motivadora, porém o nível de complexidade foi elevado e os alunos demostraram dificuldades. De modo geral, os alunos gostaram bastante, destacando como pontos positivos: a realização das atividades em grupos; utilização de espaços diferentes da sala de aula; atividades consideradas “diferentes”. O tempo para a realização das atividades foi apontado como curto para as três estratégias. Após esses apontamentos, as sequências foram reelaboradas, tendo o tempo aumentado e as atividades desdobradas para diminuir o nível de complexidade – facilitando a consolidação dos conhecimentos.