Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Goes, Caio Augusto Gomes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/183396
|
Resumo: |
A ictiofauna neotropical é uma das mais ricas do mundo, sendo estimada a ocorrência de 9100 espécies de peixes. Dentre estes, o gênero Astyanax (Characiformes, Characidae) se destaca como um dos mais abundantes em espécies, sendo marcante a presença de cromossomos B neste grupo. Cromossomos B, ou supranumerários, são cromossomos adicionais aos cromossomos padrões do organismo e considerados dispensáveis. A origem destes cromossomos ainda é incerta, sendo os modelos mais aceitos a origem intraespecífica, em que os cromossomos B se originam dos próprios cromossomos da espécie e a origem interespecífica, em que os supranumerários se originariam dos cromossomos de outra espécie próxima através da hibridação. Uma das características que definem os cromossomos B é a sua transmissão que foge dos padrões mendelianos, levando a acumulação ou extinção destes elementos. Em peixes, cromossomos B estão presentes em 113 espécies, sendo a variante presente em Astyanax paranae um dos modelos de estudo para o grupo. Esta variante foi diagnosticada como um isocromossomo de origem intraespecífica, e sequencias presentes neste cromossomo também estão presentes nos cromossomos B de outras espécies do grupo, sugerindo uma origem comum. Entretanto, dados em relação à transmissão deste supranumerário ainda não são conhecidos. Diante disto, o objetivo do presente trabalho foi descrever o padrão de transmissão do cromossomo B presente em A. paranae através de cruzamentos dirigidos. A transmissão de cromossomos supranumerários revelou ser dependente do sexo do portador nesta população, sendo o índice de transmissão (kb) de 0,439 em cruzamentos onde somente o macho possui cromossomo B; 0,107 em cruzamentos onde apenas a fêmea é portadora de cromossomo B e 0,356 em cruzamentos onde ambos os parentais possuíam supranumerários. Conclui-se que a herdabilidade da variante de cromossomos supranumerários presente na população de A. paranae é diretamente dependente do sexo do parental portador, com transmissão neutra pelos machos e eliminação pelas fêmeas na população estudada. |