Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pimentel, Gabrielle Araujo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192511
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Resumo: |
Atualmente é bem estabelecido que o hipocampo (HPC) possui um papel importante nos processamentos de aprendizagem e memória. No entanto, existem controvérsias sobre as funções das sub-regiões do Corno de Amon (CA) do HPC propriamente dito e em relação à lateralização funcional dessa estrutura. A partir disso, a função do hipocampo dorsal (HPCd) na memória de reconhecimento e espacial (recente e remota), foi analisada através da inativação direita, esquerda ou bilateral da área CA3. Foram utilizados 37 ratos Wistar distribuídos em quatro grupos: grupo GVe (n=8), que receberam injeção bilateral de tampão fosfato-salina (PBS - veículo) na região CA3 do HPCd; grupo HPCd-D (n=9), que receberam injeção do lesionador ácido ibotênico (IBO) na região do hemisfério direito; grupo HPCd-E (n=10), que receberam injeção de IBO na região do hemisfério esquerdo; e grupo HPCd-BI (n=10), que receberam injeção bilateral de IBO na região de ambos HPCd. Os animais foram submetidos ao labirinto aquático de Morris (LAM), teste de reconhecimento de objetos (TRO) e labirinto em T forçado. Os dados foram submetidos ao teste de homogeneidade de Shapiro-Wilk, seguido de análise de variância (ANOVA), e pelo teste de Tukey para dados paramétricos, ou pelo teste de KruskalWallis seguido de teste de Dunn para dados não paramétricos. Foi admitido nível de significância para p<0,05. Nenhum dos animais apresentou comprometimento para realização de comportamentos exploratórios. Não houve diferenças entre os animais em relação a estratégia de navegação alocêntrica no labirinto em T e também na fase de treinos e testes de memória espacial recente e remota no LAM, indicando que a região CA3 de ambos os HPCd não está relacionada com o processamento dessas memórias. No entanto, os animais lesionados uni e bilateralmente diferiram do GVe nos treinos do labirinto em T, sem lateralização funcional, e no TRO, com presença de lateralização funcional. Os animais lesionados no hemisfério direito e bilateralmente não reconheceram o objeto familiar. Dessa forma, a região encefálica avaliada está relacionada com o processamento da memória espacial de trabalho no labirinto em T e a estrutura do hemisfério direito tem maior contribuição no processamento da memória de reconhecimento. A lateralização funcional observada no TRO é inédita e direciona novas pesquisas relacionadas a disfunções com perda de memória de reconhecimento, como envelhecimento e doença de Alzheimer. |