Trajetória, identidade e esgotamento do comunismo na América Latina: os casos de Brasil e Chile

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Missiato, Victor Augusto Ramos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PCB
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144457
Resumo: O presente trabalho realiza uma análise comparativa entre as estratégias políticas elaboradas por dois partidos comunistas latino-americanos, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e o Partido Comunista de Chile (PCCh). Ambos nascidos em 1922, os partidos comunistas do Brasil e do Chile, ao longo do século XX, exerceram um importante papel nos debates de esquerda em seus respectivos países. A comparação entre essas esquerdas visa resgatar, enquanto objeto de estudo e de reflexão, elaborações teóricas e linhas de atuação que buscavam alcançar o poder de maneira distinta daquilo que, a partir de 1959, devido ao impacto da Revolução Cubana, ficaria consagrado como o “modelo revolucionário” a ser adotado em toda a América Latina. A enorme influência da Revolução Cubana no conjunto das organizações de esquerda na América Latina acabaria por encobrir a existência de outras formulações e propostas de acesso ao poder por parte da esquerda latino-americana, que estavam em curso antes da sua eclosão e que permaneceram nas décadas posteriores. Ademais, o exercício comparativo aqui pretendido parte do pressuposto de que houve uma inversão nos caminhos estratégicos desses dois partidos. Tendo como principal referência o ano de 1958, a análise em torno das estratégias políticas desses dois Partidos ilustra os distintos posicionamentos acerca dos processos de modernização em curso no Brasil e no Chile. Desse modo, enquanto o PCB deu início a uma transformação em sua cultura política, passando a legitimar a relação entre desenvolvimento capitalista e democratização social, o PCCh, juntamente com outros partidos da esquerda chilena, elaborou um projeto político que objetivava a hegemonia na condução de um projeto socialista de sociedade. No decorrer dos anos 1980, quando o Movimento Comunista Internacional se deteriorava, os sentidos dessas estratégias definiram o papel de cada Partido nos processos de redemocratização no Brasil e no Chile.