A temática financeira na agenda da política externa do governo Lula: o BNDES e o modelo de participação e exposição financeira do Brasil na América do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Alves, Rodrigo Maschion [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93736
Resumo: Este trabalho é resultado da integração de duas linhas de estudo: os estudos próprios da Política Externa Brasileira, área inserida no campo das relações internacionais; e os estudos sobre a economia política do financiamento, com especial atenção para a caracterização do sistema público de financiamento brasileiro. Ambas as áreas resguardam uma preocupação central: o desenvolvimento econômico do Brasil. Esta pesquisa procura mapear duas questões centrais: a articulação entre o BNDES e a política externa brasileira na América do Sul dentro da agenda da prioridade conferida para a integração regional pelo governo Lula no período de 2003 a 2007; e o modelo de participação e exposição financeira do Brasil na região defendido por este governo. O trabalho procura destacar a evolução da importância da temática financeira na agenda da Política Externa do governo Lula. Ao mesmo tempo, a pesquisa verifica que o tema financeiro regional proposto pelo governo Lula resguarda uma modelagem própria que está de acordo com as características das condições infra-estruturais da arquitetura financeira nacional. As conclusões direcionam para a orientação de que o Brasil ainda não é um ator que resguarde uma condição de liderança no processo de aprofundamento da integração regional ao introduzir nas discussões das iniciativas os elementos de ordem financeira. A condição própria da arquitetura financeira do Brasil e a estrutura do BNDES não possibilitam ao país exercer qualquer tipo de liderança material e política referentes aos processos de construção dos laços integradores entre os países da América do Sul. Argumenta-se que a prioridade conferida para a integração regional está condizente com as orientações das políticas econômicas e industriais estruturadas no âmbito do Estado brasileiro.