Qualidade de vida e práticas de cuidadores domiciliares de idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Barbosa, Liliane Cristina [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193394
Resumo: Introdução: O envelhecimento da população brasileira causa impacto direto no sistema de saúde e a Constituição do Brasil prevê o direito ao atendimento domiciliar, enfatizando que a família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar a pessoa idosa. Objetivo: avaliar a qualidade de vida e identificar o conhecimento dos cuidadores em relação às práticas no processo de cuidar, bem como conhecer a condição bucal do cuidador e do idoso receptor de cuidado. Método: Trata-se de um estudo transversal, com 388 participantes, sendo 194 cuidadores e 194 idosos. A coleta dos dados foi realizada por meio de inquérito, utilizando-se roteiro semiestruturado e os instrumentos OHIP-14 e EQ-5D-3L/VAS. Aplicou-se os índices CPOD, uso e necessidade de próteses. Empregou-se os testes Qui-Quadrado, Mantel-Haenzsel e Regressão Logística. Resultado: Do total dos cuidadores, 80,93% era do sexo feminino, 89,18% membro da família, 10,82% contratado e 91,3% adquiriu conhecimento em saúde bucal na prática diária. Registrou-se CPOD de 19,24 para cuidadores e 28,70 para idosos, ambos com predomínio do compo¬nente perdido. Dos cuidadores, 57,73% usava prótese e dos idosos, 63,40%. A necessidade de prótese foi alta, principalmente no arco inferior (34,54% cuidadores e 51,55% idosos). A escala OHIP-14 demonstrou impacto na qualidade de vida dos cuidadores nas dimensões física e psicológica. No instrumento EQ-5D-3L, observaram-se problemas moderados e ou extremos nas dimensões mobilidade, autocuidado, atividades habituais, dor/mal-estar e ansiedade/depressão. Conclusão: O impacto na qualidade de vida dos cuidadores foi minimizado pela presença de contextos culturais pouco valorativos de autocuidado associados à percepção positiva de saúde bucal, mesmo em condições clínicas precária. A prevalência do sexo feminino foi alta, pois o cuidado ainda é considerado como sendo característica da mulher. A rotina de cuidados prestados aos idosos é uma atividade complexa, requerendo capacitação e programas de assistência voltados aos cuidadores domiciliares de idosos.