Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Amorim, Amanda Trindade |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/180221
|
Resumo: |
Os estágios de sucessão dos fragmentos florestais podem ser avaliados por diferentes procedimentos e variáveis, entretanto requerem bastante tempo e esforços de trabalhos em campo, além de elevados custos e pessoal qualificado para sua avaliação. Diversas pesquisas propõem métodos alternativos, utilizando técnicas de geoprocessamento e o sensoriamento remoto, porém observa-se a necessidade de incorporar novos métodos para essa avaliação, visando aprimorar e reduzir os custos de levantamento de dados. A presente pesquisa teve por objetivo estudar fragmentos florestais de Mata Atlântica, priorizando o conhecimento dos estágios de sucessão com o intuito de propor um método de avaliação desses estágios visando contribuir com o planejamento e a gestão ambiental para preservação e conservação dos recursos florestais. A área de estudo foi a Bacia Hidrográfica do Rio Murundú-Paiol, inserida no bioma Mata Atlântica, localizada no município de Ibiúna, São Paulo. Inicialmente a metodologia consistiu na construção de uma base cartográfica de apoio a partir de cartas topográficas do município de Ibiúna/SP (escala 1:10.000), compartimentação morfométrica em três níveis de altitude (baixo, médio e alto), e no mapeamento do uso e cobertura da terra a partir de ortoimagens do sensor Vexcel Ultracam. Do mapeamento do uso e cobertura da terra, foram extraídos os fragmentos florestais para avaliação de suas métricas, bem como para a avaliação do efeito antrópico em seu entorno. Os fragmentos florestais também foram avaliados quanto às condicionantes físicas do terreno (altitude, declividade e orientação do terreno) e posteriormente quanto às suas características espectrais a partir dos índices de vegetação (SAVI - Índice de Vegetação Ajustado ao Solo e IAF - Índice de Área Foliar) obtidos por imagens do satélite RapidEye, que permitem avaliar seus parâmetros biofísicos. Foram selecionados 14 fragmentos florestais para avaliação dos seus estágios em campo, a partir de um levantamento ecológico que priorizou a descrição qualitativa de fatores indicativos dos estágios de sucessão. Por fim, foi proposto um indicador dos estágios de sucessão (IES) que integrou os parâmetros que obtiveram forte correlação entre si. Os resultados mostraram que a área da bacia hidrográfica apresenta o total de 57,9% de matas, com maior conservação do setor alto, exibindo maior fragmentação da paisagem no setor baixo da bacia hidrográfica. Dentre todos os parâmetros avaliados, a melhor correlação foi entre as classes dos índices SAVI e IAF (0,91), seguidos da correlação entre o SAVI com as classes de altitude (0,797) e de relevo (0,782), respectivamente. A construção do IES integrou então as classes do SAVI, as classes de altitude e as classes referentes ao relevo. A partir do IES observa-se que dos 72 fragmentos florestais, 16 são indicativos de estágio inicial, 31 de estágio médio e 25 de estágio avançado de sucessão e verificou-se uma acurácia de 85,7% dos fragmentos avaliados pelo IES. O indicador proposto pode ser replicado em outras áreas do bioma Mata Atlântica e mostrou ser uma alternativa científica viável e eficiente na observação e avaliação dos estágios de sucessão de fragmentos florestais deste bioma, podendo contribuir com o planejamento e gestão ambiental dos recursos florestais. |