Períodos de vernalização em bulbilhos semente livre de vírus de cultivares nobre de alho no cerrado brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Nardini, João Paulo Calore [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144466
Resumo: O alho (Allium sativum L.) não possui semente verdadeiramente botânica, sendo assim, sua única via de propagação se dá vegetativamente, fato este que implica regularmente numa infecção viral mista, se tornando uma das principais causas da redução de produtividade. Alguns produtores já possuem acesso a semente de alho ‘Livre de Vírus’, no entanto, ainda utilizam de vernalização antiquada, preconizada pela pesquisa para alho semente infectada por vírus (material comum para maioria dos produtores nacionais), e quando utilizada pelos produtores em alho-semente ‘Livre de Vírus’, vem acarretando problemas principalmente para os produtores do cerrado, onde o plantio é antecipado. Neste estudo foi avaliado o efeito da temperatura de vernalização a 4ºC combinada por diferentes períodos (30, 40, 50 e 60 dias) em bulbilho-semente livre de vírus. O experimento foi conduzido de acordo coma a safra da cultura na região (março à outubro), em fazendas localizadas nos municípios de Santa Juliana (MG) e Campo Alegre de Goiás (GO): regiões de cerrado que se destacam atualmente pela produção de alho nobre no Brasil. Foram avaliadas três das principais cultivares existentes no mercado, sendo elas: Caçador, Quitéria e Ito. As maiores produtividades de bulbos comerciais para as cultivares Caçador em Campo Alegre de Goiás (GO) 2014 e Santa Juliana (MG) 2014 foram nos tratamentos de 30 e 40 dias de vernalização, respectivamente, conciliando produtividades de 11,3 t.ha-¹ e 12,4 t.ha-¹, com boa qualidade de bulbo. A cultivar Quitéria em Campo Alegre de Goiás (GO) 2014 alcançou melhor resultado com tratamento de 51 dias de vernalização, atingindo produtividade de 16,8 t.ha-¹. ‘Ito’ 2015 em Campo Alegre de Goiás (GO) e Santa Juliana (MG) atingiu produtividades interessantes do ponto de vista comercial aos 30 e 40 dias de vernalização, respectivamente, atingindo 16,7 e 17,1 t.ha-¹. Também foi avaliado que para bulbilhos livre de vírus ‘Caçador’, se demonstraram menos susceptíveis à formação de bulbos ‘charutos’ em baixos períodos de vernalização, do que bulbilhos convencionais. Em longos períodos de vernalizações, ‘Caçador’ livre de vírus é mais sensíveis ao aparecimento de brotações laterais do que o convencional. Verificou-se ainda que o efeito dos tratamentos de vernalização teve influência direta no IVD na semeadura, tempo de diferenciação (dias), número de folhas na diferenciação, ciclo da cultura (dias), incidência de bulbos charutos e brotações laterais em todas as cultivares avaliadas. Observou-se que do ponto de vista prático, que não é recomendável a utilização de extensos períodos de vernalização para produção de semente, já que esta possui notável relação com o estímulo à produção de bulbilhos com mais de uma gema.