Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Martins, Diego Galetti [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150954
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Resumo: |
O consumo per capta de proteína animal vem crescendo de forma significativa no Brasil e no mundo. Dentre as distintas fontes para este recurso, o pescado destaca-se como a mais comercializada mundialmente, com 167.2 milhões de toneladas produzidas em 2014. No Brasil, atualmente, a maior parcela do comércio de espécies de peixes continentais é proveniente de pisciculturas, tendo como prática comum a hibridação interespecífica. Dentre as espécies nativas mais utilizadas para os cruzamentos interespecíficos em cultivos brasileiros estão: Colossoma macropomum (tambaqui), Piaractus mesopotamicus (pacu) e Piaractus brachypomus (pirapitinga), que juntamente a seus híbridos recíprocos, corresponderam a 39,2% da produção aquícola brasileira em 2015, com 190 mil toneladas produzidas. Entretanto, devido à dificuldade de diferenciação morfológica em relação às espécies puras, híbridos podem ser erroneamente manejados, ocasionando problemas para a produção, comércio e ambiente. Dentro deste contexto, o presente estudo objetivou a identificação molecular de exemplares comercializados em uma das maiores feiras atacadistas da América Latina, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP). O diagnóstico genético revelou que 75,9% das amostras analisadas não condiziam com a nomenclatura comercial utilizada durante a venda, havendo exemplares de diferentes linhagens híbridas na composição dos lotes. Além de presentes, os exemplares híbridos foram notados em altas frequências, havendo uma correspondência de 51,6% das amostras com indivíduos híbridos avançados e 25,2% de híbridos F1. A princípio, a venda trocada se mostra negativa por ferir a segurança do consumidor, mas a problemática toma maiores proporções quando são levantados os problemas ambientais e produtivos que estão envolvidos nesta prática, pois colocam em risco a sustentabilidade desta modalidade de produção e a conservação de espécies nativas brasileiras. Desta forma, os resultados obtidos poderão contribuir em adequações na legislação vigente para a cadeia produtiva do pescado, de modo a atender suas particularidades sem comprometer o desenvolvimento aquícola nacional. |