Comportamento biomecânico de caninos desgastados por atrição frente a diferentes técnicas restauradoras.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Bueno, Mírian Galvão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202396
Resumo: O objetivo do estudo foi avaliar o comportamento mecânico de materiais restauradores utilizados na reabilitação da guia canino. O estudo foi dividido em uma etapa in sílico e outra in vitro. Dez modelos 3D de dentes caninos hígidos foram obtidos por engenharia reversa e utilizados como Grupo Controle (n = 10) para o teste in sílico por meio da análise por elementos finitos (FEA). Um desgaste incisal de 2 mm foi simulado em cada amostra 3D e reabilitado com restauração incisal direta de resina composta (Grupo IRC, n = 10) e indireta de cerâmica (Grupo IC, n = 10). Os mesmos modelos também receberam, além do desgaste incisal, um preparo vestibular para faceta laminada, restaurados com os mesmos materiais, compondo os Grupos FRC (faceta de resina composta, n = 10) e FC (faceta cerâmica, n = 10). Os modelos foram exportados para um software de engenharia assistida por computador (CAE) e as geometrias foram transformadas em malhas de elementos tetraédricos, consideradas sólidas, isotrópicas, homogêneas e lineares. Uma carga de 100 N foi aplicada simulando a desoclusão pelo canino para análise mecânica estrutural dinâmica. A deformação total foi mensurada e a tensão máxima principal foi usada como critério de falha. Com base nos resultados da avaliação in sílico, dois tipos de restauração foram selecionados para a fase in vitro, onde realizou-se um ensaio mecânico de fadiga para análise do desgaste. Trinta dentes caninos hígidos foram distribuídos em três grupos: Controle (n = 10), IRC (n = 10) e FC (n = 10). As amostras foram submetidas ao ensaio de fadiga em cicladora mecânica com deslizamento de 2 mm por 240.000 ciclos, carga de 49 N e 4 Hz de frequência, imersas em água em temperatura ambiente. A cada 60.000 ciclos as amostras foram moldadas e seus modelos escaneados para avaliação da quantidade de desgaste através da técnica de correlação por imagem digital, quantificando a perda de estrutura a cada intervalo. As técnicas restauradoras com resina composta sofreram maior deformação total, tendo a cerâmica um comportamento semelhante ao dente hígido. A probabilidade de falha no movimento de desoclusão foi menor na cerâmica. Para o desgaste, não houve diferença significante entre grupos experimentais até 180.000 ciclos. Aos 240.000 ciclos, a resina composta apresentou maior desgaste que a cerâmica (p = 0,02). Todos os grupos provocaram desgaste em seus antagonistas, mas não houve diferença significante entre eles (p < 0,05). Dentro das limitações deste estudo, pode-se concluir que os laminados cerâmicos apresentaram menor desgaste, deformação e probabilidade de falha na restauração da guia canino. Ainda, a anatomia do dente e o tipo de restauração influenciaram o comportamento dos materiais.