Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Natal Junior, Carlos Roberto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/191722
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Resumo: |
A crotoxina (CTX) é a mais abundante toxina presente no veneno da Crotalus durissus terrificus, representando cerca de 60% do peso seco do veneno bruto desta serpente. A CTX possui atividades neurotóxica, miotóxica e coagulante, sendo a principal responsável pelo elevado número de óbito em acidentes ofídicos causados por serpentes do gênero Crotalus. Além dessas características, foram descobertas ações da crotoxina com possíveis aplicações terapêuticas, por conta de seus efeitos anti-inflamatórios, analgésicos, imunomodulatórios e antitumorais. A CTX é um heterodímero composto por duas subunidades, uma ácida (CA) e outra básica (CB), sendo esta última uma fosfolipase A2 com atividade pré-sináptica de bloqueio da transmissão neuromuscular que provoca paralisias motora e respiratória nos animais. Embora as estruturas cristalográficas e por espalhamento de raios X a baixo ângulo (SAXS) de CTX e CB tenham sido resolvidas, pouco se sabe sobre a ação destas nas membranas celulares bem como da localização dos sítios de interação destas proteínas com as membranas alvo. Lipídios DMPC e DMPG foram utilizadas para se estudar a interação entre estas proteínas e membranas modelo. Técnicas de biofísica molecular, tais como espectroscopia de fluorescência estática e resolvida no tempo e espalhamento de raios X a baixo ângulo foram usadas para estudar o comportamento das proteínas na presença dos lipossomos. Os dados indicam ausência de interação entre CA e CTX sobre os lipídios isoteriônicos (DMPC), enquanto houve interação da CB com ambos sistemas lipídicos (DMPC e DMPG). Nas amostras de membranas modelo com carga negativa (DMPG), foi possível identificar interação envolvendo as proteínas CA e CTX com essas membranas, as quais não haviam interagido com as vesículas de DMPC, sendo que a proteína CA não provocou a lise da bicamada, enquanto a CTX desencadeou a lise dos lipídios. Além disso, os resultados sugerem que CA se dissocia de CB quando o heterodímero CTX se aproxima dos lipossomos. |