Sistemas de produção para milho segunda safra consorciado com Urochloa ruziziensis, envolvendo rotação de culturas com plantas de cobertura, arroz e soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Portugal, José Roberto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181576
Resumo: O sistema de produção baseado na sucessão de culturas, assim como a sucessão entre soja e milho no Brasil, não se sustenta ao longo dos anos. Assim, a inserção de plantas de cobertura, bem como o cultivo do arroz substituindo parte da área de soja, podem ser opções para beneficiar o sistema agrícola no Cerrado. O objetivo foi avaliar a adoção de plantas de cobertura no cultivo do arroz de terras altas, da soja e o efeito no milho segunda safra consorciado com Urochloa. O projeto foi constituído por três subprojetos. Subprojeto 1: Sistemas de produção para arroz de terras altas com o uso de plantas de cobertura. Subprojeto 2: Sistemas de produção para soja com o uso de plantas de cobertura. Subprojeto 3: Milho segunda safra consorciado com Urochloa ruziziensis, cultivado sobre palhada de arroz e soja, em função de plantas de cobertura. Foram utilizadas seis plantas de cobertura [milheto (Pennisetum americanum), crotalária (Crotalaria juncea), guandu (Cajanus cajan), milheto + crotalária, milheto + guandu e pousio] semeadas na primavera. O delineamento experimental para o arroz e soja foi o de blocos casualizados, com seis tratamentos e 4 repetições. O delineamento para o milho foi o de blocos casualizados, com esquema em faixas, com 4 repetições. O estudo foi realizado no município de Selvíria – MS, na região de Cerrado, sobre um Latossolo Vermelho Distrófico, conduzido no período de setembro de 2014 a setembro de 2016, com o uso de irrigação suplementar. Subprojeto 1 – No cultivo do arroz de terras altas, o consórcio milheto + crotalária, propicia maior acúmulo de palhada, macronutrientes, além de manter maior quantidade de palhada sobre o solo e promover maior liberação de nutrientes no período de 120 dias após a semeadura do arroz. O cultivo de crotalária, no inverno/primavera, favorece o maior número de espiguetas totais e granadas por panícula, além de beneficiar a produtividade de grãos de arroz. A condição física do solo, em 2015/16, é melhorada com o cultivo do guandu anteriormente à cultura do arroz. Subprojeto 2 – O acúmulo de palhada e de nutrientes pela crotalária, bem como a manutenção de cobertura do solo e a liberação dos nutrientes são prejudicadas pela sucessão com a soja, enquanto que a soja beneficia o cultivo do milheto. O cultivo de guandu, anteriormente à cultura da soja, favorece as condições físicas do solo em relação ao milheto e ao pousio. Subprojeto 3 - O acúmulo de palhada de soja e a ciclagem de N, P, Ca e Mg são superiores a palhada de arroz. A cultura do arroz de terras altas pode ser uma alternativa para entrar em rotação no verão com a soja, obtendo produtividade média de 4.071 kg ha-1 e potencial para produção de 5.619 kg ha-1 de palhada sobre o solo. Na região de Cerrado de baixa altitude, com o uso de irrigação suplementar, o sistema de produção com plantas de cobertura, no inverno/primavera, arroz/soja no verão e milho em consórcio com U. ruziziensis no outono/inverno, possibilita aporte de aproximadamente 20 t ha-1 ano-1 de palhada sobre solo e aproximadamente 9.350 kg ha-1 ano-1 de grãos.