Resumo: |
A pesquisa que apresentamos objetiva revelar e discutir contribuições didáticas na relação entre representações espaciais feitas por alunos do ensino fundamental e os conteúdos da Geografia Escolar. O trabalho de pesquisa foi realizado em três escolas públicas do município de Jaguariaíva-PR, Brasil, em 2014. À época, trabalhamos com os alunos dos 6os e 7os anos, orientados a participar de diferentes atividades que promoveram a reflexão sobre seu espaço de vivência. Como metodologia de pesquisa, utilizamos uma abordagem qualitativa pautada sobretudo no paradigma indiciário de Carlo Ginzburg (1989) que permite a intepretação do fenômeno a partir de sinais e indícios. Contudo, para que essa interpretação tenha consistência é necessário descrever o contexto de produção das representações dos alunos. A memória, para além de um simples significado biológico, apresenta-se como uma via de registro das experiências sensoriais que um dia se materializaram e, mais além, como um mecanismo de configuração daquilo que importa a partir do qual se pode construir, reconstruir, desfazer ou refazer a própria história e a própria geografia, ou o próprio tempo e o próprio espaço. Logo, partimos de um ensino de Geografia que conta com experiências sensoriais e suas materializações para construir e reconstruir narrativas geográficas significativas. |
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