Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Elias, Nathércia Castro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/255054
|
Resumo: |
O fósforo (P) é um nutriente que pode afetar o desenvolvimento de culturas comerciais quando não disponível no solo. Com a elevação dos custos dos fertilizantes minerais, com destaque para os fosfatados, há necessidade em aumentar a eficiência de uso e a busca por fontes alternativas desse nutriente. O fertilizante orgânico denominado composto de lodo de esgoto (CLE), possui em sua composição elevadas quantidades de P, podendo substituir parcialmente o uso de fertilizantes fosfatados. Assim, por meio de experimento conduzido em condições de campo em Selvíria/MS, Brasil, objetivou-se monitorar as frações de P no solo e o desempenho agronômico do milho e de plantas de cobertura (i.e., capim-marandu, nabo forrageiro, crotalária juncea e milheto) cultivadas sob aplicações sucessivas de CLE em sistema plantio direto (SPD) no Cerrado. O delineamento experimental adotado para a avaliação das frações de P no solo foi em blocos casualizados com parcelas subdividas no tempo, sendo seis tratamentos principais (0,0; 5,0; 7,5; 10,0 e 12,5 t ha-1 de CLE, base úmida e um tratamento somente com adubação mineral convencional), três tratamentos secundários (3º, 4º e 5º ano agrícola) e quatro repetições. Para as plantas, adotou-se o delineamento experimental em blocos casualizados, com seis tratamentos e quatro repetições. Foram aplicadas cinco doses de CLE (0,0; 5,0; 7,5; 10,0 e 12,5 t ha-1, base úmida) e um tratamento com adubação mineral convencional. Após cada cultivo foram coletadas amostras de solo nas profundidades 0,0–0,1 m e 0,1–0,2 m para avaliar as frações de P total, P orgânico e P inorgânico, além das formas de P lábil, P moderadamente lábil e P não lábil. Na cultura do milho foi avaliado: teor foliar de P, ICF, extração e exportação de P, componentes de produção e produtividade. Calculou-se o acúmulo de P e a produção e fitomassa das plantas de cobertura. A adubação com CLE contribuiu para aumentar os teores de P no solo, tanto na fração lábil, como nas frações modernamente lábil e não lábil na camada mais superficial do solo (0,0–0,1 m de profundidade), especialmente no ano em que foi realizada aplicação das doses de CLE. Na cultura do milho, as doses de CLE aumentaram os teores foliares, a extração, a exportação e o acúmulo de P na palhada, bem como os parâmetros biométricos. A produtividade de milho aumentou no 3º ano com o incremento das doses de CLE. No 5º ano, a produtividade de milho (5009 kg ha-1) na dose 7,5 t ha-1 de CLE foi próxima à média nacional (5248 kg ha-1) para a safra 2022. Houve aumento do acúmulo de P e da produção de biomassa do capim-marandu em reposta à aplicação do fertilizante orgânico. A dose de 5,0 t ha-1 de CLE proporcionou incremento de 11% na produção de fitomassa do mix de cobertura quando comparado ao tratamento com adubação mineral. Após três anos de estudo, conclui-se que o CLE pode ser utilizado como fonte alternativa de P, proporcionando repostas similares ou até superiores a adubação mineral convencional no desempenho agronômicos das culturas. |