Detecção de mutação no gene supressor de tumor p53 e associação e cepas patogênicas do Helicobacter pylori em câncer gástrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Oliveira, Juliana Gonçalves de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/87824
Resumo: O câncer gástrico é o quarto tipo mais comum e o segundo em mortalidade. Apesar da diminuição do número de casos nos últimos tempos ainda é um grande problema mundial. E mais, sua associação com o Helicobacter pylori (HP) está cada vez mais preocupante, devido à alta prevalência de cepas patogênicas dessa bactéria. Além disso, mutações em genes que agem no ciclo celular podem levar ao câncer. O gene que codifica a proteína p53 é responsável pelo reparo de lesões no DNA durante o ciclo celular funcionando como um regulador transcricional. Quando o reparo não é viável a proteína p53 induz a entrada da célula danificada em apoptose. Mutações mais freqüentes ocorrem nos exons 5, 6, 7 8 e 9. No atual trabalho investigou-se a possível associação da mutação no gene p53, correlação com presença da cepa patogênica CagA+ e estadiamento do tumor. Foram estudadas 55 amostras de câncer gástrico extraídas por biópsia durante gastrectomia. PCR foi utilizada para os exons 5 ao 9, análise de mutação por sequenciamento automático e dados clínicos foram coletados incluindo infecção por Helicobacter pylori/CagA+. Trinta e dois casos apresentaram mutações em p53 sendo que 6 deles apresentaram mutação em mais de um exon. 53% apresentaram-se infectados por HP CagA+. 87% dos pacientes estavam em estadiamento avançado do tumor (II, III e IV) e 80% eram do tipo intestinal. Quanto a correlação de p53 e cagA+ a casuística é relativamente pequena, e assim a correlação de p53 e cagA não foi vista. Os resultados confirmam a relevância das mutações em p53 e da presença da cepa patogênica CagA nos casos de câncer gástrico, contudo estudos devem ser realizados com um maior número amostral. Neste caso, o uso da p53 mutada pode ser utilizada em diagnóstico indicando, assim um melhor tratamento, desde que há casos em que sua alteração impõe resistência...