Reconstrução filogenética do grupo saltans de Drosophila utilizando marcadores morfológicos e moleculares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Roman, Bruna Emilia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153235
Resumo: A reconstrução filogenética é fundamental para o entendimento de muitos fenômenos evolutivos. A obtenção de árvores filogenéticas a partir da utilização de marcadores moleculares distintos aliada à análise de caracteres morfológicos torna-se imprescindível, pois ambas informações são muitas vezes complementares, aumentando a robustez das análises. As espécies do grupo saltans de Drosophila são amplamente distribuídas nas Américas do Sul, Central e do Norte e as informações a respeito da filogenia do grupo presentes na literatura apresentam incongruências. Assim, o presente trabalho teve por objetivo reconstruir a filogenia para as espécies do grupo saltans, utilizando 16 das 21 espécies que o constituem. O estudo foi realizado a partir da análise de 48 caracteres morfológicos da terminália masculina por microscopia eletrônica de varredura, e marcadores moleculares baseado nas análises dos genes COI e COII. As análises filogenéticas foram realizadas utilizando os critérios de Máxima Parcimônia e Inferência Bayesiana. Uma árvore particionada foi realizada por meio do critério de Inferência Bayesiana para as três partições (morfológica, COI, COII). Os resultados obtidos indicaram o grupo saltans como monofilético. Em geral, as árvores suportaram as relações de parentesco das espécies dentro dos subgrupos sturtevanti e elliptica. O relacionamento do subgrupo sturtevanti foi estabelecido em dois clados irmãos, sendo um composto pelas espécies D. sturtevanti e D. sturt-like e outro por D. dacunhai e D. milleri. O subgrupo elliptica também foi recuperado em dois clados irmãos, um composto por D. emarginata e D. neoelliptica e outro por D. neosaltans. Politomias foram geradas no subgrupo saltans, mas destaca-se que a relação de parentesco entre as espécies irmãs D. austrosaltans e D. saltans e próxima a elas D. nigrosaltans foi bem suportada e corroborada com dados da literatura. Entretanto, o relacionamento entre a maioria das espécies do subgrupo saltans não foi resolvido, e uma das possíveis explicações poderia ser a recente divergência deste subgrupo.