Coordenação pedagógica na Educação Infantil: acompanhamento do fazer docente com bebês

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pinto, Keila Santos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/243052
Resumo: Apresento nesta pesquisa parte da minha prática profissional, ao trabalhar na coordenação pedagógica no Centro de Aperfeiçoamento Pedagógico (CAP) vinculado à Secretaria Municipal de Educação de Rio Claro/SP, no período de 2017 a 2020. Considero então, como objeto de estudo dois processos formativos coordenados por mim: a) as Horas de Trabalho Pedagógico Coletivo, com professores e professoras que estavam iniciando o fazer docente nos Berçários (2018) e b) as Horas de Trabalho Pedagógico Individual, em uma escola da Rede Municipal (2019), do qual participaram duas professoras de Berçários, uma professora coordenadora e uma diretora. Esses processos formativos foram permeados por estudos na interlocução com os participantes, problematizando dimensões presentes na Educação Infantil, como os planejamentos semanais, os objetivos, a rotina, as atividades permanentes, as atividades dirigidas, a relação e a interação com o outro, o cuidado e a atenção pessoal, o tempo, o brincar e a formação docente. O objetivo da pesquisa foi investigar a atuação da coordenação pedagógica referente ao acompanhamento do fazer docente nos Berçários das Escolas Municipais de Rio Claro/SP. A composição deste trabalho pauta-se na pesquisa narrativa, no campo das ciências humanas, ao buscar compreender as experiências do vivido (LIMA; GERALDI; GERALDI, 2015), a partir de uma perspectiva bakhtiniana que contempla os conceitos de alteridade, exotopia, excedente de visão e responsividade (BAKHTIN, 2010, 2011). As inferências acerca do fazer docente nos Berçários e do cotidiano educacional foram inspiradas pelo paradigma indiciário (GINZBURG, 1989). A experiência significativa vivenciada por mim, ao pesquisar minha própria prática engendrou algumas lições. Uma lição é que ao pesquisar com a escola compreendi o quanto estamos imbricados na relação alteritária, e portanto, dialógica, que, no tensionamento das múltiplas vozes, revela-nos nossa responsabilidade de agir no mundo. Dentre as demais lições destaco que: o fazer docente com os bebês indicia a necessidade da desconstrução de um ideário de professor, já que os bebês interpelam a nossa humanidade; o processo de formação docente precisa afirmar a constituição de um sujeito que esteja aberto e disponível ao outro e aos acontecimentos; ainda é imprescindível a investigação crítica e reflexiva referente à dimensão do cuidado; há a urgente necessidade de considerarmos a temporalidade da vida, ao incomodarmo-nos com o quanto podemos empobrecer as experiências dos bebês nas escolas.