O Correio Braziliense e seu projeto de civilização (1808-1822)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Silva, César Agenor Fernandes da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93267
Resumo: O Brasil conheceu, entre os anos de 1808 e 1822, uma empresa com relevante influência sobre a elite intelectual do período, o jornal mensal Correio Braziliense ou Armazém Literário, editado em Londres, fruto dos esforços de Hipólito da Costa (1774-1823), seu criador e único redator. O Correio Braziliense foi criado, segundo seu redator, para apresentar aos leitores o que chamou de Novo Império do Brazil os fatos e reflexões em torno do estado pelo qual passava o imério português e as melhorias das ciências, literatura, comércio e artes e, também, refletir sobre o passado e as conjeturas a respeito do futuro. O principal objetivo do redator era propagar as luzes aos portugueses de todos os cantos, em especial aos habitantes do Brasil, pois, julgava que o estado das ciências e da literatura, principais meios responsáveis para a ilustração, em Portugal e seus domínios estavam muito atrasados. O Correio Braziliense teve uma seção específica para tratar da literatura e das ciências e é sobre este conteúdo que nos debruçamos com o objetivo de entender o papel que ocupavam esses temas, na visão de Hipólito, para o desenvolvimento da civilização no Brasil. Para tanto, além da leitura da seção Litteratura e Sciencias, lançamos mão de uma consulta da bibiografia especializada no periódico e seu redator e da historiografia produzida sobre o período, além das relações de viagem que desempenharam um papel íntimo no projeto de Hipólito da Costa como também a leitura de outros textos e documentos da época. Ao tratar dos assuntos literários e científicos, Hipólito legou aos seus contemporâneos o que acreditava ser os caminhos que os brasileiros deveriam tomar para desenvolver o país e elevá-lo ao status de nação civilizada.