Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Coelho, Carla Vanessa de Sousa [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150383
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Resumo: |
Observações de campo, petrografia, geoquímica e mineralogia em dois perfis de alteração de solo dos arenitos provenientes do Membro Serra da Galga, Formação Marília, foram utilizados para avaliar a possível relação genética entre os materiais lateríticos e os solos enriquecidos com argilas aluminosas (argilas refratárias). O estudo focou um sistema Latossolo-Gleissolo presente na superfície da chapada sedimentar. O afloramento do Latossolo, com crosta ferruginosa, situa-se na borda da chapada e o Gleissolo, onde estão concentradas as argilas aluminosas, está localizado na depressão topográfica hidromórfica. As fácies petrográficas mostram que a couraça ferruginosa é autóctone, formada no nível saprolítico do arenito. O desmantelamento atual deste horizonte está associado com a desferruginização parcial em conseqüência ao aumento da umidade. A estrutura pisolítica é reconhecida tanto no perfil do Latossolo quando do Gleissolo, após a desferruginização. A associação caulinita e gibbsita predomina em todas as profundidades dos dois perfis, porém a caulinita é mais expressiva nas maiores profundidades e a gibbsita nas camadas superficiais. A desferruginização é o processo que acompanha a elevação do nível freático, seja formando horizontes manchados na base do Latossolo ou formando horizontes brancos no Gleissolo nos quais se concentram o alumínio. O enriquecimento de alumínio está associado com a dessilicificação, possivelmente relacionado com a diminuição do pH e a desestabilização da caulinita. Quartzo, raros minerais de turmalina, cianita, zircão e rutilo compõem a fase dos minerais resistentes ao intemperismo químico. A goethita é o óxido de ferro predominante, resultado de meio hidratado. O modelado plano da chapada, que corresponde à Superfície Sul-Americana descrita por King (1956), sob condições climáticas adequadas e prolongadas, favoreceu a formação de cobertura encouraçada ferruginosa. Após o término da deposição sedimentar, no Paleoceno inferior (aproximadamente 65 milhões de anos AP), a superfície foi truncada por longos períodos de erosão que aplainaram o relevo. Atualmente, o clima é tropical com forte sazonalidade e aumento da umidade. Esta nova condição hídrica, de saturação, somada às condições de estabilidade tectônica e vegetação esparsa exerce influência na lixiviação e a perda ferro no horizonte de argila aluminosa. Os resultados sugerem que é possível a formação de material aluminoso a partir de uma crosta ferruginosa, propondo assim uma hipótese autóctone para o desenvolvimento das argilas aluminosas. |