Anti-racismo em Marília: trajetórias e perspectivas de luta do movimento negro atual

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Cruz, Leonardo Borges da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/88790
Resumo: O movimento negro atualmente tem recebido uma atenção diferente, por parte de intelectuais. As recentes conquistas para a população negra no Brasil são compreendidas, por alguns, como fruto de uma dádiva das elites brasileiras. Esta tese seria sustentada pela idéia de que o movimento negro não tem força suficiente para impor as ações afirmativas no Brasil. Ele seria desordenado, carente de um elemento norteador. Uma prova dessa ineficiência seria a ausência de um movimento negro de massa. Contestando tal tese, esta dissertação de mestrado retoma alguns debates sobre o movimento contestatório dos(as) negros(as) no Brasil. Para tanto, a abordagem diacrônica será utilizada, possibilitando o entendimento da trajetória realizada por esta militância desde o início do século XX. Perceberemos, por meio da aproximação entre o pensamento sociológico e antropológico sobre o tema, que a militância negra antiracista vem abandonando aqueles pressupostos do racialismo, presentes no início do período republicano brasileiro. Em seu lugar, um conjunto de estratégias que visam a conquista da igualdade através do reconhecimento das diferenças entre negros(as) e não-negros(as) é observado. Assim, o Conselho Municipal do Negro de Marília-SP e o Grupo de Educadores Negros de Marília-SP serão estudados como representativos do movimento negro atual. Observamos ainda que a militância negra tem proposto ações afirmativas para negros(as). Isto se tornou possível a partir do momento em que esta militância alterou sua percepção de cultura nacional, de híbrida, para plural. Assim, a perspectiva de luta universalista tem sido substituída pela perspectiva diferencialista. As práticas culturalistas têm perdido espaço entre a militância negra, mesmo porque esta perspectiva de luta não logrou frutos muito positivos aos negros(a)...