Resistência de nogueira-macadâmia (Macadamia integrifolia Maiden e Betche) aos nematoides-das-galhas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Costa, Marylia Gabriella Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154207
Resumo: A nogueira-macadâmia pertence à família Proteaceae e é originária da Austrália. Sua noz é considerada a mais saborosa entre as nozes comercializadas. No Brasil, nos últimos anos, há uma expansão da macadamicultura e de seu plantio em cafezais. Além da sua consorciação com o cafeeiro, a macadâmia é uma opção de plantio em consórcio com outras culturas de ciclo curto e alternativa para o plantio em novas áreas. Embora haja um aumento da área plantada de macadâmia, as informações sobre danos causados por nematoides nessa cultura são escassas. Principalmente, aos nematoides-das-galhas, onde com frequência, as populações desses patógenos são altas em áreas cultivadas com café. No Brasil, a produção de mudas de macadâmia se dá quase que exclusivamente pelo método de enxertia, tendo como principal porta-enxerto a variedade 10-14 (Aloha). Portanto, o objetivo do trabalho foi avaliar a resistência da variedade 10-14 (Aloha) e das cultivares HAES344, HAES-660, HAES 816, IAC 4-12B, IAC 9-20 e IAC 4-20 a Meloidogyne incognita raça 2, M. paranaensis, M. exigua, M. enterolobii e M. javanica, além de estudar o ciclo de vida dos nematoides-das-galhas na variedade 10-14 (Aloha) por ser a mais utilizada como porta-enxerto na produção de mudas. O substrato de cada parcela foi infestado com aproximadamente 5.000 ovos e eventuais juvenis dos nematoides estudados, separadamente, provenientes de populações puras, processadas segundo o método proposto por Hussey e Barker. Tomateiros ‘Rutgers’ foram utilizados como padrão de viabilidade do inóculo de M. incognita raça 2, de M. enterolobii e de M. javanica, plantas de café ‘Mundo Novo’ foram utilizadas para atestar a viabilidade de M. paranaensis e M. exigua. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente ao acaso, com cinco repetições. As avaliações foram feitas aos 120 dias após a inoculação. Os índices de galhas (IG) e índices de massas de ovos (IMO) foram obtidos de acordo com a escala de notas proposta por Taylor e Sasser. Para a obtenção do fator de reprodução (FR=PF/PI), os sistemas radiculares foram processados separadamente de acordo com o método de Coolen e D’Herde. Os experimentos para a avaliação do ciclo de vida das espécies de Meloidogyne foram montados em câmaras incubadoras (BOD) sob temperatura e fotoperíodo controlados. As plântulas de macadâmia, após a germinação, foram transplantadas para copos de 210 mL com substrato autoclavado. Para a obtenção do juvenil de segundo estágio (J2), os nematoides foram processados separadamente de acordo com a técnica proposta por Hussey e Barker, em seguida, as suspensões de cada espécie do nematoide foram colocadas em aparatos de Baermanns modificados para recipiente raso. Cinco dias após o transplante, cada plântula foi inoculada com 300 (J2) de M. incognita, M. paranaensis, M. exígua, M. enterolobii ou M. javanica. As avaliações foram aos 5, 15, 25 e 35 dias após a inoculação (DAI). Os sistemas radiculares das plantas foram lavados e coloridos com fucsina ácida para a classificação dos estádios de desenvolvimento do nematoide. Os resultados mostraram que todas as cultivares e a variedade 10-14 (Aloha) de macadâmia foram resistentes aos nematoides estudados, demostrando a resistência. Os nematoides não completaram o ciclo de vida na variedade 10-14 (Aloha), podendo ser utilizada como porta-enxerto na produção de mudas.