Influência da dupla tarefa cotidiana sobre variáveis biomecânicas da marcha de idosos com doença de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Yamada, Patrícia de Aguiar [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148557
Resumo: Introdução: A marcha durante a maioria das atividades diárias é realizada concomitante à outra tarefa, denominada dupla tarefa. Indivíduos com doença de Parkinson (DP) tendem a apresentar alterações na marcha quando expostos à condição de dupla tarefa, entretanto, situações de risco parecem ser mais bem identificadas durante condições que melhor representam as atividades diárias do indivíduo. Objetivo: Verificar a influência da dupla tarefa cotidiana sobre variáveis biomecânicas da marcha de idosos com DP. Métodos: Participaram do estudo voluntários idosos, os quais foram divididos em grupo de idosos sem DP e grupo de idosos com DP. Foi realizada avaliação cinética da marcha através da plataforma de força AMTI® e da cinemática através do sistema GAITRite®, durante três diferentes condições: marcha sem dupla tarefa (C1), marcha carregando sacolas com peso (C2) e marcha falando ao celular (C3). Foi aplicado o teste estatístico ANOVA Medidas Repetidas Two Way com post Hoc de Bonferroni no software PASW statistics 18.0® (SPSS), adotando o nível de significância de p<0.05. Resultados: Para as variáveis cinéticas, observou-se menor pico de força de reação do solo (PFRS) vertical durante a propulsão, além de menor taxas de aceitação e propulsão em idosos com DP. Ambos os grupos apresentaram maior PFRS vertical durante a aceitação do peso e a propulsão na C2 e menores valores de velocidade na C3. Para as variáveis cinemáticas, idosos com DP apresentaram menor velocidade, cadência e comprimento de passo em relação aos idosos sem DP durante a marcha sem dupla tarefa e, quando expostos à dupla tarefa, idosos com DP obtiveram menor comprimento de passo, largura de passo e tempo de balanço, além de maior tempo de duplo apoio e apoio durante a C2. Quando submetidos à C3, observou-se redução da velocidade, cadência, comprimento de passo e tempo de balanço, e aumento da largura de passo, tempo de duplo apoio e apoio. Conclusão: A dupla tarefa cotidiana influenciou as variáveis cinemáticas de idosos com DP, entretanto, em relação às variáveis cinéticas, o impacto da dupla tarefa cotidiana foi similar em ambos os grupos.