Co-cultivo de micro-organismos isolados da rizosfera de Senna spectabilis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pavani, Victor Damasceno [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153991
Resumo: A busca por agentes terapêuticos derivados de plantas faz parte da história da humanidade. Entretanto, a alta taxa de redescoberta de metabólitos secundários é um problema crônico na química de produtos naturais, evidenciando que novas abordagens são necessárias. Assim, a utilização de culturas microbianas mistas representa uma metodologia alternativa, induzindo a expressão metabólica, aumentando as chances de sucesso na descoberta de novas substâncias bioativas. Para tanto, foram selecionados os fungos Rhinocladiella similis e Fusarium oxysporum, micro-organismos isolados da rizosfera de Senna spectabilis, de acordo com os resultados de viabilidade, e ensaios biológicos (antimicrobiano, anticolinesterásico e citotóxico), e realizados experimentos de co-cultivo e cultivo simples desses fungos. Do cultivo simples de F. oxysporum foram identificados por CLAE-EM sete compostos conhecidos pela literatura, pertencentes a classe dos jasmonatos (5 e 6), derivados do ácido picolínico (1 a 4), e a beauvericina (7), que apresentam uma gama de atividade biológica relatadas na literatura, e por CG-EM foram identificados 21 compostos voláteis. Já para o cultivo simples de R. similis foi realizado um planejamento experimental variando três condições de cultivo (agitação, luminosidade e tempo de cultivo). As análises revelaram que a ausência de luz e agitação sob incubação em um período de 28 dias, foram as condições de cultivo que resultaram em uma maior variedade de metabólitos, sendo a agitação a variável que mais contribuiu para essa diversidade metabólica. Com isso, foram identificados 13 compostos, sendo três inéditos, e oito compostos voláteis. Já o cocultivo em meio sólido entre essas duas espécies apresentou interação morfológica do tipo inibição pelo contato. E possibilitou a identificação (proposta) de dois compostos por CLAE-EM e cinco compostos voláteis por CG-EM, todos exclusivos do co-cultivo, como esses compostos são a resposta à algum tipo de interação micróbio-micróbio, possivelmente esses composto apresentam algum tipo de bioatividade, principalmente antimicrobiana.