Hibridismo e ruptura de gêneros em João Antônio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Azevedo Filho, Carlos Alberto Farias de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/103666
Resumo: Partindo da relação entre jornalismo e literatura na obra do escritor João Antônio (1937- 1996), este estudo pretende inicialmente montar um caleidoscópio da produção do autor para jornais e revistas nacionais, enfocando contextos e tramas da sua escritura, a partir do conceito de hibridização (CANCLINI, 2003 e YOUNG, 2005). Trata-se de um processo de criação que gera uma obra híbrida que desliza em vários sentidos e, por sua vez, agrega elementos conflitantes. A experiência de narrar a partir das margens no Brasil vai determinar uma pluralidade de escritos muita vezes avessos a normas tidas como padrão, gerando assim processos de mestiçagem e transculturação nos quais o texto habita um provisório entrelugar. Também interessa-nos pensar tal pluralidade de escritos dispersos em livros, jornais e revistas como rizomas (DELEUZE & GUATARRI,1995b) que se estendem/comprimem em movimentos de multiplicidade de acordo com as circunstâncias que estão “submetidos”. Assim a obra comporta vários rizomas que dialogam, convergem e divergem em linhas de fuga. Seguindo a cartografia dos movimentos das obras do escritor, pretende-se experienciar a partir de elementos textuais escolhidos no corpus como se estabelecem na prática tais estratégias de hibridação e ruptura de gêneros. Por fim, situa-se o autor e seus rizomas no amplo movimento a partir da experiência de ruptura de fronteiras, característica da modernidade e de seus desdobramentos. Assim, o nomadismo (MAFFESOLI, 2001) é uma estratégia de sobrevivência e de contestação seja ela textual ou pessoal. Não se pretende “esgotar” ou “decifrar” a obra do autor, mas se eleger temáticas que nos auxiliem a entender o literário e o jornalístico, entrelaçados no jogo do contemporâneo e seus trânsitos.