O lugar da literatura infantil no espaço educativo: vozes de professoras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lima, Ana Cláudia Bazé de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182237
Resumo: Esta dissertação foi empreendida no Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Filosofia e Ciências, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Campus de Marília, na área de concentração de Ensino na Educação Brasileira, em estudos na Linha de Pesquisa Teoria e Práticas Pedagógicas e no Grupo de Pesquisa Processos de leitura e de escrita: apropriação e objetivação. A pesquisa teve como objetivo compreender e apontar, por meio das vozes de duas professoras de Educação Infantil da Rede Municipal de Três Lagoas/MS, o lugar da literatura infantil na formação leitora de crianças. Os pressupostos teóricos sobre desenvolvimento humano ancoram-se nas bases da teoria histórico-cultural, em diálogo com o pensamento vigotskiano do homem como ser social, com a lei geral do desenvolvimento e as funções psicológicas superiores, assim como a influência do meio, as vivências. Para compreender o ato de dizer das professoras e apontar, por meio de vozes, o lugar da literatura infantil na formação leitora de crianças, o estudo fundamenta-se também nos estudos de Vigotski, Volochinov, Bakhtin e Jakubinskij, quanto à linguagem e as vozes dos seres expressivos e falantes. Os dados foram gerados com base no encontro dialogado com as professoras, por meio do qual foi possível conhecer a narrativa de vida e como se constituiu a alteridade leitora e docente de cada uma delas. Ademais, empreendeu-se uma observação dos espaços e tempos destinados à leitura literária, cotejando tais dados gerados com o planejamento das professoras. Os resultados apontam para professoras leitoras literárias e sensíveis ao ato responsivo de formar leitores, porém, com lacunas relacionadas à organização do entorno literário propício, a vivências com a intencionalidade de desenvolver atitudes leitoras nas crianças, bem como fragilidade em relação à compreensão do ensinar o ato de ler e à significação genuína do que seja contribuir para formar leitores. No sentido amplo, os resultados contribuem para que professores compreendam que a literatura infantil emancipa e humaniza, e que o apropriar-se do ato de ler como necessidade conduz para a formação de um leitor pleno.