Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Furlan, Susana Angelin [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153303
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Resumo: |
Esta dissertação está vinculada à Linha de Pesquisa denominada: Processos Formativos, Infância e Juventude do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia, UNESP- Campus de Presidente Prudente. Recebeu financiamento de pesquisa junto à Capes e posteriormente da FAPESP. A pesquisa foi realizada em uma escola de Educação Infantil, de um município do Oeste do Estado de São Paulo e contou com a participação de duas professoras, aproximadamente 49 crianças, divididas em duas turmas. Sua origem está baseada na questão de que as crianças tinham uma percepção diferenciada do tempo, e respondia ao término do tempo destinado à brincadeira com a frase: “Mas eu acabei de começar?!”, sendo que já se passara um tempo relativo na mesma atividade. Ao realizar o levantamento em profundidade, percebemos que haviam poucos estudos sobre a reiteração, o eixo tempo das Culturas da Infância. Sendo assim, a pesquisa assumiu como objeto de estudo a reiteração e as nuances do tempo no contexto escolar. A investigação estabeleceu como objetivo principal compreender como as crianças e as professoras concebem o tempo infantil e como as crianças lidam com os posicionamentos derivados das concepções das educadoras. Utilizamos como metodologia a etnografia e como instrumentos metodológicos a observação e as entrevistas. Entre os resultados destacamos a produção de saberes sobre o tempo infantil, a concepção de tempo que impera entre as professoras dentro da sala de aula é o tempo do relógio, com a demarcação da rotina, por exemplo. As crianças, no entanto, reagem a esse posicionamento com a dessacralização do tempo escolar que é feita através das brincadeiras e que permite a criação e reinvenção de outros tempos, por exemplo, o Kairós, Aión e ou Kaión, contestando e brincando com o todo poderoso e determinante tempo Chronos. Destacamos ainda a necessidade de relativização do tempo (Chronos) pelas professoras e o reconhecimento dos outros tempos para a realização de um trabalho pedagógico mais adequado e coerente com as especificidades da infância, garantindo assim uma comunicação mais efetiva entre os sujeitos no contexto educacional. Esperamos, por meio deste estudo, ampliar as bases teóricas sobre a reiteração, motivar outras investigações sobre o tempo que possam contribuir para uma melhor sintonia entre crianças e professoras, ao constatar que tempos diferentes regem o tempo da escola. Portanto, torna-se necessária uma maior empatia, reciprocidade e compreensão na relação com o outro. |