Biomassas microbianas na alimentação de tilápias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Grassi, Thiago Luís Magnani [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/155860
Resumo: Biomassas microbianas produzidas a partir de resíduos e coprodutos industriais podem ser utilizadas como fonte de proteínas e de antioxidantes em dietas de peixes, reduzindo os custos para a indústria com tratamento e descarte e auxiliando na preservação do meio ambiente. O objetivo deste experimento foi avaliar o desempenho produtivo e o status oxidativo de tilápias alimentadas com diferentes biomassas microbianas e a qualidade de sua carne. Juvenis de tilápia-do-Nilo (26,84 ± 1,03 g) foram alimentadas com as dietas experimentais durante 76 dias. Os tratamentos incluíram uma dieta controle negativo (sem biomassa microbiana), uma dieta controle com 0,01% de vitamina E (VE) e as demais contendo três tipos de biomassa microbiana em duas concentrações (0,25 e 0,5%): Rubrivivax gelatinosus (RG25 e RG50), Saccharomyces cerevisiae (SC25 e SC50) e Spirulina platensis (SP25 e SP50). Foram avaliados o desempenho e o status oxidativo dos peixes e os parâmetros físicos, químicos e bromatológicos da qualidade da carne. A inclusão de biomassa microbiana nas dietas reduziu o status oxidante total do plasma, o malonaldeído e a atividade respiratória dos leucócitos, e aumentou o status antioxidante total, sem interferir nos parâmetros bioquímicos. Todos os tratamentos apresentaram resultado similar para os parâmetros de desempenho, exceto pela conversão alimentar aparente do RG50 que foi menor que do grupo controle negativo. No filé, o uso de biomassa microbiana diminuiu as substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico, incrementou a intensidade de vermelho (exceto por SC) e a deposição de carotenoides (exceto por SC25), aumentou a concentração de proteínas e melhorou a relação n-6/n-3, sem interferir na textura. Os tratamentos RG25, SC25 e SP50 aumentaram a concentração do ácido eicosapentaenoico dos filés e o RG50 apresentou efeito positivo sobre desempenho dos animais. Com isso, pôde-se concluir que o uso de biomassa microbiana provocou um efeito antioxidante no plasma e melhorou a conversão alimentar dos animais, reduziu a oxidação lipídica e aumentou o teor de proteínas, a intensidade de vermelho e a concentração de carotenoides dos filés, sem influenciar negativamente na saúde dos animais.