Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Victor Rodrigues [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/255114
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Resumo: |
Durante o Devoniano, a Gondwana ocupava regiões próximas do pólo sul geográfico, onde as condições climáticas oscilavam entre as localidades. As correntes marítimas eram distintas, contando com uma zona de ressurgência na costa oeste sul-americana que conduzia águas frias para as regiões equatoriais do oceano Paleo-Tethys, isolando assim os mares epicontinentais da Gondwana. O uso cronoestratigráfico de conodontes, quitinozoários, peixes placodermos, palinomorfos, graptólitos e dacrioconarídeos ajudam no estabelecimento de eventos evolutivos e paleoclimáticos na América do Norte, na Europa e na China. Porém na América do Sul, principalmente nas bacias interiores brasileiras, esses registros paleontológicos são dificilmente reconhecidos no Devoniano. Assim, este trabalho utiliza da morfometria linear e esclerocronologia para averiguar como a fauna de braquiópodes (Australocoelia e Orbiculoidea) se comportou à medida que as condições paleoambientais ocorriam durante o Devoniano. No norte da Bacia do Paraná podemos inferir que os processos transgressivos e regressivos do Pragiano-Eifeliano impactaram diretamente no crescimento dos braquiópodes (Australocoelia palmata). Os animais que viviam num ambiente marinho transgressivo possuíam tamanhos variados, contudo aqueles que viviam num contexto regressivo apresentavam tamanhos corporais reduzidos. As mudanças paleoambientais do Devoniano também impactaram a fauna de Orbiculoidea (Orbiculoidea baini, O. bodenbenderi, O. excentrica). Com a morfometria linear (comprimento e largura) e averiguando os padrões de crescimento das conchas foi possível concluir que esta fauna não apresentou diferenças morfométricas durante o Pragiano-Eoeifeliano. Na passagem do Eopragiano-Neoemsiano os braquiópodes possuíam boas condições vitais, os animais atingiram as mais diversas dimensões já a redução das conchas pode estar associada à transgressão mundial do Kačák. Os animais que sobreviveram à passagem Eifelian-Givetiana não encontraram as mesmas condições paleoambientais após a crise biótica. Os braquiópodes encontrados no norte da Bacia do Paraná apresentaram um padrão de crescimento distinto daqueles que viviam no sul. Isto pode estar relacionado às condições de estresse na borda da bacia associadas à entrada de águas quentes provenientes da Bacia do Parnaíba. |