Formação continuada de professores de educação infantil e políticas públicas: características de uma realidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Vieira, Lindinara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154193
Resumo: Esta pesquisa investiga a formação continuada de professores de educação infantil (pré-escola), realizada em dois municípios de pequeno porte do interior do Estado de São Paulo. Assim, teve como objetivo identificar, caracterizar e analisar a formação continuada de professores de educação infantil, oferecida nesses dois municípios, a partir da visão das professoras e das coordenadoras da educação infantil. Os pressupostos teóricos fundamentam-se nos estudos de diferentes pesquisadores, tais como, Imbernón, Gatti, Kramer, Nóvoa, Pimenta, Rosemberg e Sarmento. Optou-se por uma pesquisa de campo, de abordagem qualitativa. Para isso, foram utilizados questionários com as professoras e entrevistas com as coordenadoras da educação infantil, de cada município. Os dados analisados mostraram que as professoras compreendem a relevância da formação continuada, afirmaram que há uma frequência dessa formação nos dois municípios analisados (semanal, semestral e mensal) e, na maioria das vezes, dentro do horário de trabalho. As palestras constituem o formato mais constante na realização desta formação, em ambos os municípios. Em relação à contribuição da formação continuada para as práticas docentes, há uma divergência. Para as professoras do Município A, a formação, oferecida pelo município, tende a contribuir muito, e neste grupo poucas professoras possuem cursos de pós-graduação, assim a opção de formação continuada que possuem é somente a que o município oferece. Somando a essa realidade, notou-se que o plano de carreira não incentiva as professoras a buscarem por outras formações, de modo que não há, em grande escala, uma evolução funcional por via acadêmica e também pela via não acadêmica. As professoras do Município B alegam que a formação contribui regularmente, pois não atende às expectativas, neste caso a maioria delas possui curso de pós-graduação, demonstrando com isso as outras possibilidades de formação continuada a que elas têm acesso, o que também pode influenciar na avaliação que possuem sobre a formação proposta pelo município. Esse município possui plano de carreira avaliado como positivo, por reconhecer financeiramente a avaliação funcional, o que pode responder pela busca de mais cursos de formação. Ao final, apresenta-se um plano de intervenção com ações voltadas à formação continuada nos municípios, em consonância com as políticas educacionais estabelecidas pelo governo federal, de forma a considerar as especificidades da educação infantil, do contexto escolar e de todos os envolvidos nesse processo formativo. Espera-se que o presente estudo, com o plano de intervenção, possa contribuir com a formação continuada dos professores de educação infantil, atendendo de modo singular às especificidades e às necessidades desse contexto assim como de toda a realidade educacional.