Formação docente para inclusão de estudantes público alvo da educação especial em cursos de licenciaturas da Universidade Federal de Rondônia

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: Rodrigues, Marlene [UNESP]
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Inclusão de Estudantes Público Alvo da Educação Especial; Transtorno do Espectro Autista; Educação Superior; Formação Docente; Inclusion of Students who are Target Public of Special Education; Autism; Spectrum Disorders; Higher Education; Teacher Training; Inclusión de Estudiantes Público-Objetivo de la Educación Especial; Transtorno del Espectro Autista; Educación Superior; Formación Docente
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/158261

A importância de refletir sobre a prática docente universitária junto aos Estudantes Público Alvo da Educação Especial (EPAEE) e Estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) caminha paralelamente com a urgência de formar professores para atender essa demanda na Educação Básica, pois a presença desses na Educação Superior já é uma realidade, embora o atendimento educacional às suas necessidades específicas ainda seja limitado, dadas as questões da acessibilidade pedagógica e atitudinal e às dificuldades dos docentes para produzir os conhecimentos importantes às mudanças que se fazem necessárias, segundo a premissa sobre a qual funda-se a presente investigação. Diante da realidade da inclusão desses estudantes é possível pensar que não basta trazer modelos prontos para professores, mas sim, que é preciso encorajá-los a refletir sobre como pensam, como agem e como ensinam no contexto da inclusão. Assim sendo, nessa pesquisa parte-se das seguintes indagações: ao desenvolver suas aulas, os docentes das áreas pedagógicas que atuam nos cursos de Licenciatura da UNIR alicerçam sua prática pedagógica por meio de ações que remetem à acessibilidade atitudinal e pedagógica? O conteúdo abordado sobre a aprendizagem e o ensino de pessoas com deficiência está em consonância com as ações didático-pedagógicas diante do acadêmico com deficiência? Para responder a essas questões estabeleceram-se, como objetivos desta pesquisa, identificar os aspectos da acessibilidade pedagógica e atitudinal nas ações de ensino destinadas à formação de professores para atuar junto aos EPAEE nos cursos de licenciaturas sob duas perspectivas: da organização curricular a partir do estudo dos Projetos Pedagógicos dos Cursos de Licenciaturas (PPCs), bem como pela análise dos conhecimentos, experiências por meio de reflexões sobre a prática dos docentes que atuam com as disciplinas pedagógicas nos cursos. A pesquisa, de cunho qualitativo, foi realizada a partir de análise documental, teve como objeto de estudo os PPCs, bem como, por meio da pesquisa do tipo grupo focal como um caminho metodológico que coloca os participantes em contato com conceitos, sentimentos, atitudes, crenças, experiências e reações frente a determinada situação vivenciada ou experimentada pelos sete participantes, ou seja, seis professores das áreas pedagógicas e um professor de Libras que atuam nos referidos cursos. A premissa que embasa essa pesquisa é que a reflexão sobre as práticas e experiências pedagógicas executadas ao longo da vida profissional junto aos EPAEE provoca nos professores um repensar sobre seus conceitos e ações didáticas diante da inclusão nas licenciaturas e, auxilia no processo de identificação e revisão sobre acessibilidade pedagógica e atitudinal, nas perspectivas da organização curricular e da prática docente junto aos cursos. Os resultados apresentados mostram que a realidade dos cursos de licenciaturas estudados, nos aspectos do currículo, revelam ausência de disciplinas, conteúdos, práticas pedagógicas e atividades de estágios que contribuam para a formação de professores para o atendimento do EPAEE e as reflexões dos docentes sobre as práticas junto aos mesmos se mostraram necessárias, pois foi possível identificar problemas conceituais e metodológicos que dificultam o desenvolvimento de ações que remetem à acessibilidade pedagógica e atitudinal e que foram ao longo das sessões sendo trabalhadas revelando no grupo novas possibilidades de ser um professor aberto às mudanças necessárias à inclusão.