As novas territorialidades da informação e o lugar do jornalismo nos ambientes digitais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: D´Arcadia, João Guilherme da Costa Franco Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204555
Resumo: Esta tese de doutorado busca entender o lugar que o jornalismo passou a ocupar nos ambientes digitais, na medida em que estes espaços passaram a se configurar como novas territorialidades da informação: por ali circulam não apenas as representações dos acontecimentos factuais profissionalmente apuradas, mas também toda sorte de manifestações que edificam um cenário desinformativo ainda em construção. Partindo da hipótese de que estes conteúdos se valem da arquitetura noticiosa e da estrutura jornalística para se impor sobre a informação profissional, o estudo busca mapear este fenômeno a partir das teorias do jornalismo e da noção de territorialidade – ou o território em uso, na acepção antropológica. Para tanto, se vale da netnografia como metodologia de análise, a partir da qual é possível compreender e descrever o funcionamento de comunidades nos meios digitais. A amostra selecionada leva em conta relatório da Câmara dos Deputados no decurso da CPMI das Fake News, que indicou portais e canais que receberam recursos públicos via mídia programática para divulgar a campanha da Reforma da Providência de 2019, e que são considerados difusores de desinformação. Quatro perfis destes produtos no Twitter foram analisados a partir de seus tuítes e suas interações durante 12 semanas ininterruptas – a partir de categorias eleitas de acordo com os critérios apontados pela metodologia. O material revela a premência do fenômeno aqui batizado de perijornalismo: a criação de conteúdos que circundam o itinerário de apuração, produção e elaboração jornalística, mesmo quando o objetivo é deslegitimar o jornalismo profissional.