Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Alonso, Jovan Duran |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/190912
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Resumo: |
A interface entre nanomateriais e a pele compreende uma série de interações não-covalentes dinâmicas entre as superfícies do sistema nanoestruturado e biológica. A modulação de respostas biológicas, tais como permeação e retenção de fármacos na pele, é dependente dessas interações. O estrato córneo é uma interface biológica complexa e considerado a principal barreira limitante a absorção percutânea de fármacos, dificultando a terapia localizada. O modo que o sistema de liberação interage com essa barreira culminará na sua eficácia ou não. Portanto, torna-se necessário o desenvolvimento de novas estratégias que sejam capazes de modular a interação do sistema de liberação com o estrato córneo visando-se o controle da permeação do fármaco em camadas específicas da pele. O objetivo foi avaliar a viabilidade da modulação da permeação de fármacos e partículas nanoestruturadas através da pele por meio do uso de diferentes géis liquido-cristalinos. Estes materiais são produzidos pela simples manipulação de forças não-covalentes entre fases oleosa e hidrofílica dirigidas pelos princípios da Química Supramolecular e a Nanoarquitetônica. Particularmente, este trabalho contempla o estudo da aplicação de géis líquido- cristalinos liotrópicos para permeação e liberação de fármacos/partículas nanoestruturadas no estrato córneo produzidos a partir de adutos supra-anfifílicos derivados de ácidos graxos análogos de cadeia longa (componente hidrofóbico) e meglumina (componente hidrofílico). Além de solubilização eficaz e liberação controlada de fármacos e partículas nanoestruturadas, a formulação proposta visa oferecer vantagens únicas pois os ácidos graxos precursores possuem distintas funções no processo de interação com a pele: ácido esteárico, atuando como um agente oclusivo e favorecendo a concentração em camadas superficiais da pele, e o ácido oleico como um promotor de permeação. A resposta de permeação cutânea será avaliada utilizando-se fluoresceína como marcadora e modelo orgânico, ao passo que nanopartículas de prata como modelos de nanoestruturas. As formulações foram feitas utilizando diagrama binário de água e tensoativo. A microscopia de luz polarizada demonstra que ambos supra-anfifílicos em água são capazes de se organizar em arranjo liquido-cristalino de mesofase hexagonal. Os estudos de DSC mostram diferenças no comportamento estrutural dos análogos, o MGAE mostrou possuir transição vítrea e transição gel-sol, que são comportamentos típicos de polímeros. O MGAO, por sua vez, não apresentou nenhum tipo de transição. A percentual de água na formulação demonstrou que a formulação tem um máximo de água ligada e, para o sistema MGAE, a quantia de água afeta as interações supramoleculares do arranjo polímero. O estudo de bioadesão mostrou que as formulações tem um máximo de bioadesividade em função do percentual de água na formulação. Deste estudo preliminar foi escolhido as formulações com 50% de água e 50% de supra-anfifílico para prosseguir com os testes de incorporação. A síntese da AgNP foi dada por duas metodologias: um padrão pela literatura e uma utilizando meglumina como redutora, porém a MEG reduz muito rapidamente a prata para prata coloidal, levando a agregação. A incorporação de Fluoresceína se deu em duas concentrações 0,1% e 1%. Os estudos de Microscopia e DSC não mostram alterações das formulações quando incorporadas na concentração de 0,1% e com AgNP, entretanto, com 1% a microscopia demostrou as lamelas da matriz mais compactas e nas curvas de DSC mostrou uma redução total do percentual de água livre. Os estudos de reologia de fluxo mostram que os géis tem comportamento plástico e tixotrópico, enquanto que a reologia oscilatória mostram que os géis se mantem íntegros na aplicação de uma força e, adicionalmente, esse estudo realizado com aquecimento mostrou a transição gel-sol do MGAE faz o modulo de armazenamento prevalecer, tendo assim uma desestruturação do gel em temperatura elevada. |