Manejos de borda em pomares de citros na epidemiologia do Huanglongbing

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Montesino, Luiz Henrique
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/242401
Resumo: Huanglongbing (HLB), doença associada às bactérias Candidatus Liberibacter asiaticus e Candidatus Liberibacter americanus, está presente em todas as regiões do parque citrícola paulista, causando grandes prejuízos à produção e a qualidade dos frutos. Sua transmissão ocorre pelo psilídeo Diaphorina citri que, frequentemente, migra de um pomar para outro em busca de novas brotações para se alimentar e reproduzir. A faixa de borda na divisa da propriedade é a região de maior concentração do inseto após sua chegada ao pomar, vindo de áreas vizinhas, onde o seu controle não é realizado. Apesar de um controle mais intensivo do inseto nesta região da propriedade, com aplicações frequentes de inseticidas, um maior número de plantas com HLB tem sido mais encontrado e erradicado na faixa de borda que no interior do pomar. Para evitar que a doença penetre cada vez mais para o meio da propriedade e haja um manejo economicamente sustentável da doença, neste trabalho analisou-se o gradiente do HLB em talhões com linhas de plantios paralelo e perpendicular e a incidência média por faixas de 20 a 160 m, os dados apresentaram melhor resultado no sentido paralelo entre os sentidos de plantio e a incidência média foi menor em todas as faixas para o sentido de plantio paralelo com redução média de 25% na incidência e a prática da manutenção de plantas doentes na faixa de borda, associada a um controle intensivo do vetor. Foram selecionados cinco talhões na divisa da propriedade, com citros nas propriedades vizinhas, divididos em quatro parcelas de 150 a 200 m sendo duas localizadas na borda do talhão ao lado da divisa da propriedade (B1 e B2) e duas no centro do talhão. Em todas as parcelas foram realizadas inspeções mensais para a detecção de sintomas de HLB, monitoramento de psilídeos, com 20 cartões adesivos amarelos distribuídos pelo talhão. Quanto ao número de psilídeos capturados, o talhão 4 foi o que teve maior captura (média de 0,0104 psilídeos/cartão/avaliação). Não foram observadas diferenças significativas para a média de psilídeos capturados por cartão por avaliação na comparação entre parcelas. Dos psilídeos capturados, mais de 50% encontravam-se infectados com C. L. asiaticus, indicando uma alta taxa de infectividade na região. A estratégia de manter uma faixa de borda sem a erradicação de plantas doentes, associada a um frequente controle do psilídeo é uma alternativa que não aumenta a taxa de progresso do HLB na propriedade e poderia proporcionar ganhos de produção, custeando as aplicações frequentes de inseticidas nesta faixa de borda.