Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Letícia Nataly [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214600
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Resumo: |
Poema em quinze livros, as Metamorfoses, de Ovídio, é uma obra de grande unicidade no paradigma da poesia épica da Antiguidade. Levando em conta sua autenticidade e a sua importância para a literatura clássica latina, esta obra possui diversas traduções em língua portuguesa, sendo a mais conhecida, ainda que parcial, aquela feita por Bocage. Sabendo que António Feliciano de Castilho considerava Bocage um importante predecessor e mestre no empenho de traduzir a obra ovidiana – fato que é indicado pela incorporação dos fragmentos traduzidos por Bocage em sua própria tradução integral –, é possível enquadrar sua obra junto àquelas que seguiam a vertente tradutória elmanista, termo cunhado no meio acadêmico em alusão ao pseudônimo árcade de Bocage. Esta versão castilhiana da obra de Ovídio atinge alta qualidade literária e foi parcialmente editada em 1841 pela Imprensa Nacional de Lisboa, tendo os cinco primeiros livros publicados em um primeiro Tomo. A continuação da obra foi tida por muito tempo como perdida. Preservada em manuscritos encontrados na Biblioteca da Torre do Tombo, a tradução, ainda inédita após tanto tempo, é o objeto de pesquisa deste projeto, que pretende prover um estudo contextual acerca da recepção da obra latina por Castilho, seguido da transcrição dos livros, abrangendo os já publicados e os ainda inéditos por meio de princípios e métodos de crítica textual e ecdótica. A escolha pela forma de edição fez-se pensando no público-alvo e, por isso, optamos por apresentar o texto editado de duas maneiras diferentes, ou seja, em versão diplomática (com aparato genético integrado) e atualizada conforme o estágio atual da língua portuguesa. Embora já tenha existido em sua completude – Castilho revela, no prefácio da edição publicada, tê-la finalizado em 9 de setembro de 1833 –, a tradução que nos chega em mãos apresenta significativas lacunas nos quatro últimos livros, decorrentes de um Tomo manuscrito desaparecido. No entanto, como afirma Júlio de Castilho, editor prévio do manuscrito que compõe o nosso corpus, trata-se de um trabalho “tão importante, que faz quase esquecer as lacunas” (CASTILHO, 1907, fl.09). |