A preposição para e o processo de contrução referencial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Gonçalves, Paula de Souza [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93975
Resumo: O presente trabalho propõe uma reflexão sobre o uso da preposição “para” tomando-a como parâmetro para obter respostas em um contexto mais amplo, o das “preposições”. Conduzimos a investigação com base em exemplos extraídos de um corpus composto por jornais do estado de São Paulo. Nossa perspectiva teórica tem como objeto o enunciado (Teoria das Operações Predicativas e Enunciativas) e o fenômeno referencial; de acordo com tal perspectiva, os sujeitos constroem, por meio de práticas enunciativas e cognitivas, as versões públicas do mundo. Assim, na nossa concepção, a marca não se reduz apenas às relações previstas no léxico e na gramática tradicional, mas é tributária do enunciado, que envolve a dimensão cognitivointeracional. O enunciado que contém tal “preposição” foi estudado como um processo de construção de significação, ou seja, de valores referenciais por meio de operações. Tendo como objetivo central analisar as funções dessa marca em diferentes contextos e as implicações de seu uso, buscamos contribuir para a elaboração de uma gramática enunciativa da língua portuguesa. Trata-se de um trabalho relevante, porque a marcação das relações gramaticais constitui um fenômeno de linguagem responsável por um conjunto de operações que viabilizam a presença de marcas que antecedem os termos, tais como a “preposição”. Construímos glosas que colocaram os enunciados em famílias parafrásticas, com posterior análise das construções com a marca concluindo-se que ela representa atos enunciativos dentro da enunciação central e estes atos são enunciações reportadas para a enunciação atual e projetadas para uma outra enunciação.