Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Alves, Rafael Souza Cruz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192129
|
Resumo: |
Alterações antrópicas no nível de paisagens afetam de maneiras distintas os diversos grupos de animais e plantas. Tais alterações afetam a composição de espécies e estrutura de comunidades de mamíferos e aves, resultando na perda de funções ecológicas essenciais para a manutenção das florestas. Dentre os processos que podem ser mais afetados inclui-se a frugivoria e a predação de sementes. Desta forma, avançar os conhecimentos de como a paisagem e os tipos de ambientes influenciam tais processos é essencial para a proposição de estratégias que beneficiem a conservação da biodiversidade e manutenção de processos ecológicos. Este estudo tem por objetivo responder qual a contribuição relativa da proporção de vegetação florestal, do tipo de ambiente e sua interação sobre a predação de sementes e frugivoria. Estudamos quatro tipos de ambientes: interior de floresta continua, fragmento florestal, borda de floresta e corredor florestal. O estudo foi realizado em uma região de ecótono entre os biomas Amazônia e Cerrado no estado de Mato Grosso, Brasil. Nessa região foram selecionadas 17 paisagens, representando um gradiente de quantidade de floresta de 10% a 86% em um raio de 3 km. Nessas paisagens avaliamos a frugivoria utilizando frutos artificiais e a predação de sementes utilizando sementes de amendoim e girassóis. Nossos resultados sugerem que a frugivoria por aves foi positivamente relacionada a proporção florestal para aves de médio e grande porte, bem como para a frugivoria total por aves, entretanto a magnitude do efeito variou de acordo com o grupo de aves. Já a frugivoria por pequenos mamíferos apresentou relação negativa com a proporção florestal, sem muito efeito acima de 0,3 de quantidade de floresta. A predação foi influenciada apenas marginalmente pela proporção florestal. Em termos gerais observamos que o tipo de ambiente não influenciou a frugivoria e nem a predação de sementes. Com isso, nossos resultados demonstram que a cobertura florestal tem um duplo efeito negativo na dispersão de sementes, uma vez que reduz a frugivoria e aumenta as taxas de predação. Dessa forma, para a manutenção de funções e serviços ecossistêmicos em que a predação e frugivoria são processos importantes, devemos levar em consideração a quantidade de floresta remanescente na região de interesse. |