Quantificação de fluoreto ingerido pela dieta utilizando questionário de frequência alimentar e concentração de fluoreto nas unhas em crianças de 1 a 3 anos de idade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Salama, Isabel Cristina Cabral de Assis [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180513
Resumo: Objetivo: Avaliar a ingestão de fluoreto (F) por crianças de 1 a 3 anos de idade pela dieta e a concentração de F nas unhas. Método: Crianças (n=202) de 12 meses de idade, participantes de um programa preventivo para bebês, tiveram a ingestão de F monitorada por meio da aplicação de um Questionário de Frequência Alimentar semi-quantitativo (QFA), composto por 70 itens, divididos em 9 grupos de alimentos frequentemente encontrados na dieta de crianças nesta faixa etária. O QFA foi aplicado durante 2 anos, a cada 3 meses, juntamente com a coleta das unhas e de água usada para beber ou preparar comida. A concentração de F da dieta, nas unhas e na água foi determinada com eletrodo íon-específico, após microdifusão facilitada por hexametil-disiloxano ou pelo método direto. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância a dois critérios, seguida pelo teste de comparação múltipla de Student-Newman-Keuls , bem como coeficiente de correlação de Sperman(p<0,05). Resultados: A média da ingestão de F pela dieta e água aumentou significativamente dos 12 aos 24 meses (0,015 mg F/Kg/dia e 0,09 mg F/Kg/dia) (p<0,05) declinando após 27 meses (0,011 mg F/Kg/dia e 0,05 mg F/Kg/dia) (p<0,05). Aos 36 meses um pico foi observado na ingestão de F pela dieta (0,013mg F /Kg/dia) (p<0,05). Houve crescente aumento nos níveis de F nas unhas dos pés e mãos, com diferença significativa em alguns períodos de estudo (18 à 27 meses, p<0,05), sendo que maiores concentrações de F foram vistas nas unhas das mãos em relação aos pés (3,7 µg F/g; 3,4 µg F/g, respectivamente p<0,05). Entre a estimativa de ingestão de fluoreto em função do peso da criança (mg F/kg/dia) e o fluoreto nas unhas da mão (Sperman’s r = -0,024; p=0,396) ou unhas do pé (Sperman’s r = -0,002; p=0,957), nenhuma correlação foi observada. Conclusão: A ingestão de fluoreto por meio da dieta em crianças de 1 a 3 anos de idade ficou dentro de limites considerados como seguros e o QFA parece ser uma boa ferramenta para estimar a ingestão de fluoreto de crianças.. Pequenas variações na ingestão diária de F pela dieta foram detectadas nas unhas ao longo dos períodos de estudo (após 30 a 60 dias).